A dificuldade de leitura e escrita, também conhecida como dificuldade de aprendizagem, é uma das patologias fonoaudiológicas que mais gera dúvidas em relação ao diagnóstico e processo terapêutico principalmente por não existir um consenso entre os autores sobre a caracterização de tal patologia.
Lidar com o insucesso escolar constitui-se em tarefa complexa e desafiadora para a qual não se tem ainda uma resposta acabada, o que aponta para a necessidade de buscar alternativas que possam minimizar tal situação. Apesar disso, a identificação de dificuldades de aprendizagem apresentadas por escolares vem crescendo e, conseqüentemente novas concepções sobre o processo de ensino/aprendizagem surgem, valorizando variáveis internas, como por exemplo, as expectativas e emoções tanto daqueles que ensinam como dos aprendizes.
Os anos iniciais de escolarização parecem ser cruciais, no que diz respeito a aprender a ler. As experiências de aquisições positivas de leitura, nos primeiros dois anos e meio de escolarização formal, são favoráveis para uma visão positiva do aprendiz sobre si mesmo.
Em relação à escrita, a criança cria hipóteses e as testa. Durante esse processo de construção passa por níveis distintos que variam do pré-silábico ao alfabético. Ao atingir esse último nível, a criança já consegue dominar o sistema notacional. O maior problema da criança acontece na fase pós alfabética, em que ela percebe que não existe uma relação direta entre os sons e as letras, tendo que descobrir a norma ortográfica.
A norma ortográfica do português é composta por regras regulares e irregulares. No caso das regulares pode-se inferir a forma correta porque existe um “princípio gerativo”, uma regra que se aplica a várias palavras da língua, podendo ser compreendida pelo aprendiz, diferentemente das regras irregulares que dependem do processo de memorização, nesse último caso, o uso de uma letra é justificado apenas pela tradição de uso ou pela origem (etimologia) da palavra.
Para alguns autores, um aspecto importante para a aprendizagem da escrita é o desenvolvimento das habilidades metalinguísticas que correspondem a manifestações explícitas de uma consciência funcional das regras de organização ou uso da linguagem.
Dentre essas habilidades a metafonológica é aquela que gera maior controvérsia. Para alguns autores, o desenvolvimento de tais habilidades é imprescindível para a aquisição da escrita, para outros, a aquisição da escrita facilita o domínio de tais habilidades. Na verdade, as tarefas utilizadas nos estudos envolvem diferentes graus de habilidades cognitivas.
O tipo de tarefa selecionada para realizações de pesquisas científicas pode apontar resultados distintos, dependendo dos processos cognitivos envolvidos. Além disso, muitas tarefas de habilidades metafonológicas envolvem alguma forma de processamento de memória.
É consenso entre os autores que não existe uma hierarquia estrita entre as tarefas de habilidades fonológicas, porém, a consciência fonêmica seria a última a ser dominada pelo aprendiz, podendo ser facilitada pelo aprendizado da leitura e pela memória. Essa hierarquia parece se estender para outras línguas, estudo desenvolvido com crianças gregas também comprova que a consciência de sílabas precede a consciência de fonemas.
É possível perceber ainda que crianças pré-escolares podem apresentar sensibilidade fonêmica quando ainda não são capazes de manipular explicitamente os fonemas da palavra falada. Para algumas crianças a aprendizagem da escrita pode não ocorrer de forma satisfatória gerando alterações de aprendizagem. Em relação a essas alterações existe controvérsia no que diz respeito à nomenclatura.
As diferentes nomenclaturas utilizadas dependem da visão do estudioso que observa as alterações de leitura e escrita que, com suas abordagens teóricas diversificadas, influenciam o modo como o problema é definido.Apesar das diferentes teorias, a maioria desses profissionais concorda que nem todas as crianças que apresentam dificuldades para aprender a ler podem ser consideradas portadoras de distúrbios de leitura e escrita.
Dentre as várias nomenclaturas e definições para os problemas específicos de aprendizagem pode-se citar: disortografia e disgrafia para problemas específicos de escrita, dislexia para problemas de leitura, distúrbio da aprendizagem, dificuldade específica de aprendizagem e dificuldade de leitura.
Uma dificuldade específica de leitura é definida pela ocorrência de problemas significativos no
reconhecimento de palavras em crianças que apresentam inteligência média, fluência na língua materna, nenhum déficit sensorial primário ou problemas emocionais. Porém, essa mesma definição é utilizada por outros autores para as dislexias de desenvolvimento. Outros autores defendem que a dificuldade de aprendizagem é uma condição de vulnerabilidade psicossocial. Por esta razão, é comum que as crianças com tais problemas apresentem problemas emocionais ou déficits em habilidades sociais, que durante a adolescência podem levar à evasão escolar. Muitas vezes, podem ser desenvolvidos sentimentos de baixa auto-estima e inferioridade, como também déficits em habilidades sociais e problemas emocionais ou de comportamento.
reconhecimento de palavras em crianças que apresentam inteligência média, fluência na língua materna, nenhum déficit sensorial primário ou problemas emocionais. Porém, essa mesma definição é utilizada por outros autores para as dislexias de desenvolvimento. Outros autores defendem que a dificuldade de aprendizagem é uma condição de vulnerabilidade psicossocial. Por esta razão, é comum que as crianças com tais problemas apresentem problemas emocionais ou déficits em habilidades sociais, que durante a adolescência podem levar à evasão escolar. Muitas vezes, podem ser desenvolvidos sentimentos de baixa auto-estima e inferioridade, como também déficits em habilidades sociais e problemas emocionais ou de comportamento.
A busca constante pelo conhecimento em relação aos problemas de leitura e escrita é crucial, porque existem problemas que estão relacionados aos aspectos da política educacional, ou ainda questões que se referem ao próprio processo de desenvolvimento do aprendiz, o que pode dificultar a realização de um diagnóstico diferencial. Dessa forma, é importante que o fonoaudiólogo conheça detalhadamente todo o processo de construção de escrita até o nível pós-alfabético, entendendo todas as dificuldades naturais do processo de apreensão da norma ortográfica.
É provável que as diferenças de conceituação possam gerar dificuldades de diagnóstico e, conseqüentemente, problemas nas propostas terapêuticas adequadas. Alguns artigos também apresentam como sinônimo as terminologias “dificuldade de aprendizagem” e “distúrbio de aprendizagem”, porém existem diferenças entre elas. A primeira refere-se a um déficit específico da atividade escolar, enquanto a segunda refere-se a uma disfunção intrínseca à criança, em geral neurológica ou neuropsicológica. É possível afirmar que quando a dificuldade de leitura é causada por um dano neurológico, pode ser diagnosticada uma dislexia adquirida. A realização de um diagnóstico criterioso é importante para evitar equívocos que possam estigmatizar o aluno em seu processo de aprendizagem e dificultar a superação de obstáculos.
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