sexta-feira, 28 de junho de 2013

Pesquisa indica que cérebro é capaz de aprender durante sono!

O cérebro humano tem a capacidade de captar informações novas durante o sono, concluiu uma pesquisa publicada na segunda-feira por pesquisadores do instituto israelense Weizmann.

Atualizado em  28 de agosto, 2012 - 05:30 (Brasília) 08:30 GMT

A pesquisa, realizada ao longo de três anos pela neurobióloga Anat Arzi, examinou a correlação entre olfato e audição e a memória armazenada no cérebro.

Arzi, à esquerda.
"Esta é a primeira vez que uma pesquisa científica consegue demonstrar que o cérebro é capaz de aprender durante o sono", disse Arzi à BBC Brasil.
Segundo a cientista, estudos prévios já demonstraram a capacidade de bebês aprenderem enquanto dormem, mas a pesquisa recém-divulgada descobriu que o mesmo vale para adultos.



'Aprendizagem associativa'

O experimento, realizado por Arzi em colaboração com o professor Noam Sobel, diretor do Laboratório do Olfato do instituto, examinou as reações de 55 pessoas que foram expostas a sequências de sons e cheiros enquanto dormiam.
As sequências, que incluiam um intervalo de 2,5 segundos entre o som e o cheiro, expunham os participantes a odores agradáveis (de perfume ou xampu) ou desagradáveis (de peixes podres ou outros animais em decomposição), de forma sistemática e sempre antecedidos por sons que se repetiam.
"A vantagem de se utilizar o olfato é que os cheiros geralmente não interrompem o sono, a não ser que sejam muito irritantes para as vias respiratórias", explicou a cientista.
Durante o experimento os cientistas observaram sinais de que os participantes adormecidos passaram por uma "aprendizagem associativa".
"Com o tempo, criou-se um condicionamento. Bastava que (os participantes) ouvissem determinado som para que a respiração deles se alterasse e se tornasse mais longa e profunda – em casos de associação com odores agradáveis -, ou mais curta e superficial - em casos de sons ligados a cheiros desagradáveis", afirmou Arzi.
A cientista também relatou que as mesmas reações ocorriam na manhã seguinte, quando os participantes acordavam. Se fossem expostos a um som associado com um odor agradável, respiravam longa e profundamente.

Informações gravadas

"O fato de que as informações ficaram gravadas no cérebro e causaram reações fisiológicas idênticas, mesmo quando os participantes estavam despertos, demonstra que eles passaram por uma aprendizagem associativa enquanto dormiam", disse.
Pessoas com lesões no hipocampo – região do cérebro relacionada à criação da memória – não registraram as informações, disse a neurobióloga.
Para Arzi, a descoberta pode ser "um primeiro passo no estudo da capacidade do cérebro humano de obter uma aprendizagem mais complexa durante o sono".
No entanto, segundo a cientista, são necessárias mais pesquisas para examinar as diferenças entre o funcionamento dos mecanismos cerebrais de pessoas adormecidas e despertas.

Fonte: BBC - BRASIL

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Divulgação: I Fórum Territorial de Educação e Cultura do Campo - Presidente Prudente/SP

Fui convidada a participar deste evento, que será realizado amanhã, em Presidente Prudente. 

 Divulgo e compartilho com vocês o e-mail que recebi. Inscrições ainda estão abertas.

Prezados (as),

Venho ressaltar o convite para a sua honrosa participação no I Fórum Territorial de Educação e Cultura do Campo do Pontal do Paranapanema que será realizado neste dia 28/06/13, nas dependências da Unesp, campus de Presidente Prudente, com o tema “Políticas Públicas: desafios e perspectivas”.

Este fórum é resultado do trabalho realizado através da Câmara Temática de Educação e Cultura do Colegiado de Desenvolvimento Territorial (CODETER) do Pontal do Paranapanema que, em diversos espaços, tem pautado as questões voltadas à Educação e Cultura do Campo, em especial, através dos fóruns realizados durante os anos de 2011 e 2012 nas microrregiões do território e, neste momento, o Colegiado reúne importantes parceiros para a realização do Fórum Territorial, em especial as universidades UNESP e UNOESTE.

Nesse sentido, o objetivo principal do Fórum é construir coletivamente com os gestores, educadores e agricultores familiares um programa educacional de resgate da valorização do espaço camponês.

Importante lembrar os municípios que compõem o Território Pontal do Paranapanema, sendo esses: Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Anhumas, Caiabu, Caiuá, Emilianópolis, Estrela do Norte, Euclides da Cunha Paulista, Iepê, Indiana, João Ramalho, Marabá Paulista, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Nantes, Narandiba, Piquerobi, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Rancharia, Regente Feijó, Ribeirão dos Índios, Rosana, Sandovalina, Santo Anastácio, Santo Expedito, Taciba, Tarabai e Teodoro Sampaio.

Contamos com a sua presença! Atenciosamente,

Elisangela B. Viudes Barbosa

Assessora Territorial

Codeter - Pontal


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Educação Infantil: Aprendizagem Lúdica

"Há muitas escolas - já foram feitas pesquisas sobre isso - em que as caixas do PNBE chegam e ficam trancadas num armário, porque não querem deixar que as crianças tenham livre acesso aos livros, com medo de que sejam rasgados, rabiscados, danificados".

Entrevista da Professora Magda Becker Soares, fundadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (CEALE), da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, para repórter Rubem Barros da Revista Educação, em agosto de 2011.

A professora resume, de forma direta, os conflitos que afligem muitos educadores quanto à dimensão de aprendizagem da educação dos 0 aos 5 anos. Ou seja, ela deve existir, porém de uma maneira particular, que valorize a infância e os interesses da criança.

Como a senhora vê a questão do currículo na educação infantil, especialmente com relação ao contato com a escrita e a leitura?
Na educação infantil, devemos enfrentar uma longa tradição de algo que começou com o significativo nome de jardim da infância, com a ideia de que a criança ficaria ali para desenvolver-se espontaneamente, com pessoas que estariam ali apenas atentas ao que elas faziam. Esse é um conceito errôneo de educação infantil, o conceito de que, nessa etapa, não deve haver aprendizagem. Há, ainda hoje, quem rejeite que as instituições voltadas a essa fase sejam chamadas de escolas. Na realidade, essa fase representa o início da educação formal das crianças. O que diferencia essa educação formal da educação familiar, e também da educação que se dava em instituições, antes das novas concepções de educação infantil? É que na educação infantil se formaliza a educação da criança. E uma das maneiras de fazer isso é criando um currículo que oriente a criança em sua progressiva inserção no mundo social, no mundo da natureza, e propicie oportunidades para que ela desenvolva linguagens, por meio de sua introdução no mundo da música, da expressão corporal, das representações simbólicas e também no mundo da escrita. É uma fase em que a criança está se desenvolvendo em várias frentes, desde a motora, a do convívio social, da inserção cultural, etc. A escola propicia o processo formal de inserção da criança na sociedade e em sua cultura. E uma parte importante desse processo é a introdução à escrita, ao mundo do impresso. Então é também o momento em que a criança deve e pode ser introduzida no mundo do letramento. 

Como as bibliotecas ou o livro devem estar presentes nessas escolas?
Esse é um aspecto importante da introdução no mundo da escrita, que se faz por diferentes meios. Um deles é o contato da criança com o material escrito, com a língua escrita, e um lado fundamental disso é a criação de um contexto de letramento, em que a criança conviva com material escrito em suas várias formas e gêneros. Nesse contexto de letramento, a biblioteca tem um papel fundamental, e essa é uma das barreiras que devem ser vencidas na educação infantil. Por exemplo, no programa ProInfância, em que o MEC oferece a planta para a construção de creches e escolas de educação infantil nos municípios, essa planta vem surpreendentemente  sem espaço para biblioteca. 


Isso não foi modificado? 
Tive oportunidade de levantar essa questão, mas não tive notícia de modificação. Sei que algumas instituições que já estavam em construção, em municípios em que as pessoas têm sensibilidade para essa questão, estão destinando alguma parte da planta para biblioteca. Mas há resistências a isso. Aqui mesmo em Belo Horizonte, incluir a biblioteca num programa de construção de creches foi uma conquista bem recente, resultado da campanha que está havendo no país todo para a formação de leitores. Por outro lado, para lembrar um importante dado positivo, o Programa Nacional da Biblioteca da Escola (PNBE), que até dois ou três anos atrás não incluía a educação infantil, já está na segunda edição em que a educação infantil é contemplada. E é interessante, porque num primeiro momento, o PNBE incluiu a chamada pré-escola, crianças de 4 e 5 anos. Já agora, na edição para 2012, incluiu-se também a creche, com livros para crianças de 0 a 3 anos. Isso representa uma posição do próprio MEC de que a criança deve ter contato com o livro desde a creche, e a escola deve dispor de livros e de biblioteca para toda a faixa da educação infantil. É uma concepção bem recente, que felizmente está se difundindo, embora ainda haja grupos de resistência ao letramento e à alfabetização - o que já é outra conversa - na educação infantil. 


O que caracteriza os livros que estão sendo escolhidos pelo MEC para essa etapa da educação?
Isso introduz um novo componente na nossa conversa, que são as editoras. As editoras têm tido dificuldade em identificar o que é adequado para a educação infantil, exatamente por falta de tradição nessa área. O PNBE tem tido alguma dificuldade de constituir acervos para essa faixa etária. Assim, enquanto as editoras inscrevem um número enorme de livros para os ensinos médio e fundamental, a educação infantil, como também a Educação de Jovens e Adultos, recebe um número bem menor de inscrições de títulos. Isso mostra a pouca produção para essas faixas e o conhecimento precário de editoras e autores sobre o tipo de livro que é mais adequado para crianças que ainda não leem, que ainda não estão alfabetizadas, mas que devem ser inseridas no mundo do livro, da escrita, da literatura. 

É curioso isso, pois temos uma tradição de literatura infantojuvenil, inclusive com muitos livros apenas de imagens. Isso ainda não está dialogando bem com o processo de seleção?
O PNBE, como também o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), têm tido uma influência muito positiva. Pelos critérios de seleção, as editoras vão compreendendo o processo. Já percebo uma diferença do primeiro PNBE destinado à educação infantil para este segundo. Há uma aproximação maior do tipo de livro adequado para crianças nessa faixa etária.



Que papéis a literatura infantil pode desempenhar nesse primeiro contato das crianças
 com as letras?
São muitos. Primeiro, o próprio conhecimento do objeto livro, a familiaridade com ele, o saber que objeto é esse, a possibilidade de manipulá-lo. Essa é uma das questões que dificulta a produção para a educação infantil, pois o livro deve ter algumas características materiais adequadas à criança. Por exemplo, o ideal seria que as páginas fossem cartonadas, para que o livro fosse resistente e crianças que ainda não têm suficiente coordenação motora pudessem manipulá-lo. Livros-brinquedo, livros pop-up, fascinam as crianças. Para a creche, seriam importantes livros de pano. Mas essas alternativas tornam a produção do livro difícil e sobretudo cara. Uma parte significativa dos melhores livros para a educação infantil são títulos traduzidos de outros países que não enfrentam as mesmas dificuldades econômicas que as editoras daqui enfrentam. São livros muito caros, que acabam não sendo inscritos no PNBE, pois o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) compra os títulos a preços baixos. Então, não compensa para as editoras inscrever livros de custo alto, pois não teriam condições de vender esses livros para o MEC pelo preço que é proposto. Um outro aspecto importante é que esses livros são traduzidos para o português por contratos com editoras estrangeiras, a maioria da Europa e dos Estados Unidos, e normalmente não é possível fazer uma edição específica para vender ao governo. Em geral, são edições pequenas, fruto de acordos com editoras de outros países, e isso acaba dificultando a chegada desses títulos. Mas, aos poucos, estamos começando a produzir livros adequados. Por exemplo, aumentou muito a produção do livro só de imagens, sem texto, que é um tipo de livro importante para as crianças pequenas, embora também seja importante o livro com imagens e pouco texto. É importante também o livro com uma quantidade maior de texto e ilustrado, que é o livro que a professora vai ler para a criança, uma forma de leitura fundamental.


 E quanto à organização da biblioteca infantil e dos espaços de leitura? 
A biblioteca infantil tem especificidades, desde aspectos miúdos, como a maneira como os livros são expostos, não é uma biblioteca como qualquer outra. Não se pode colocar os livros do mesmo modo como ficam numa biblioteca para adultos ou jovens, em pé nas estantes, pois os livros infantis não costumam ter lombada, são finos. Se eles ficam em pé na estante, a criança não os identifica, pois não vê a capa, que é a grande atração para ela. Então as estantes têm de permitir a exposição das capas. Também não cabe fazer os registros de forma tradicional, com fichas. Se elas forem usadas, é preciso que sejam mais icônicas, para que a criança se habitue ao processo de tomar emprestado o livro, levá-lo para casa e devolvê-lo. Ela tem de saber que o livro fica na estante segundo uma certa classificação, mas não é a mesma classificação da biblioteca de adultos. Pode ser por etiquetas coloridas, por exemplo. Além disso, é preciso que haja também, na sala de aula, o cantinho de leitura. A criança vai à biblioteca uma ou duas vezes por semana, mas na sala de aula o contato com os livros deve ser diário. Já tivemos, no PNBE, programas específicos para a constituição dos cantinhos de leitura, para que a criança tivesse acesso aos livros dentro da sala de aula. 


Isso aumenta a exposição da criança ao livro? 
São fundamentais muitas atividades com os livros, muita leitura de histórias pelas professoras e muito manuseio dos livros pelas crianças. Há muitas escolas - já foram feitas pesquisas sobre isso - em que as caixas do PNBE chegam e ficam trancadas num armário, porque não querem deixar que as crianças tenham livre acesso aos livros, com medo de que sejam rasgados, rabiscados, danificados. Ora, a criança, inicialmente, faz isso mesmo. E só vai aprender a não fazer depois de ter feito uma vez e de ser orientada para não fazer, é preciso formar a criança para lidar com o livro, num processo de aprendizado. É uma questão complexa, que não está sendo contemplada na formação de professoras para a educação infantil. Aliás, o como trabalhar a literatura e como dar acesso a livros de literatura na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental ainda não é um componente importante na formação de professores para esses ciclos. 


A senhora mencionou a importância da leitura e da oralidade na educação infantil. Que outras coisas podem ser trabalhadas nessa etapa? 
Esse contato com o mundo da leitura e da escrita está acoplado, particularmente na educação infantil, com o desenvolvimento da linguagem oral, pois é o momento em que a criança está ampliando seu vocabulário, suas possibilidades de usos da língua, a aquisição de estruturas sintáticas mais elaboradas. Então, o desenvolvimento da linguagem oral é um dado importante para o desenvolvimento do letramento e da alfabetização. A leitura de histórias pelas professoras não deve ser apenas uma leitura seguida da pergunta se as crianças gostaram ou não. É uma oportunidade de desenvolvimento da linguagem oral. Enquanto a professora lê, vai fazendo com que as crianças façam previsões sobre os rumos da história, analisem as ações das personagens. No fim da leitura, a criança pode reconstruir o texto, de modo a trabalhar as habilidades de compreensão, de inferência e de avaliação, que serão importantes para a leitura individual, quando ela aprender a ler e a escrever. A ampliação do vocabulário é fundamental, e a literatura colabora demais para isso. A ampliação de visão que a leitura proporciona à criança, numa fase em que ela está conhecendo o mundo, também é importantíssima. 


E na questão específica da alfabetização, como isso interage? 
Essa leitura de livros, não só os de literatura, mas o contato com a escrita em seus diversos usos sociais em nossas sociedades letradas - afinal, a escrita chega a todo lugar, mesmo às localidades rurais mais afastadas - é fundamental, pois é uma espécie de precursor da leitura e da escrita. Veja que não falei pré-requisito, uma palavra que devemos evitar, pois acaba associando a educação infantil a um conceito inadequado, de que essa etapa prepararia a criança para o ensino fundamental. Não é isso. Essa era a visão que se tinha décadas atrás, a de que a criança precisava adquirir certas condições para então aprender a ler e escrever. Prefiro a palavra precursor, para designar certas habilidades, conhecimentos, atitudes que a criança vai desenvolvendo e que serão importantes para que aprenda a ler e a escrever, ou seja, são precursores da alfabetização. 

E quais seriam especificamente esses precursores da alfabetização? 
Até agora, mencionei os precursores do letramento, ligados ao desenvolvimento da familiaridade com o livro, com a literatura e com outros gêneros textuais, algo que muitas vezes começa antes de a criança chegar à educação infantil escolar, formal. É um continuum, começa quando a criança nasce num ambiente letrado. No plano da alfabetização, do aprendizado da leitura e da escrita, é necessário primeiro delimitar o que é próprio da educação infantil. Não é função da educação infantil alfabetizar a criança, se entendermos por alfabetizar levar a criança a terminar essa etapa já sabendo ler e escrever com alguma segurança. Não é isso (embora isso possa acontecer, e tem efetivamente acontecido muitas vezes). O que é próprio dessa etapa é o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades necessários para que a criança siga uma trajetória de sucesso na aprendizagem da leitura e da escrita. Na educação infantil, a criança deve pelo menos descobrir o princípio alfabético: descobrir que, quando escrevemos, registramos o som das palavras, e não a coisa sobre a qual estamos falando. Esse é o grande salto que a educação infantil tem de ajudar a criança a dar. Aliás, é o grande salto que a humanidade deu: descobrir que podemos transformar a oralidade em algo visível, que é a escrita. A humanidade também passou por essa fase de primeiro desenhar a coisa a que você está se referindo: escrever casa já foi desenhar uma casa. A criança também passa por essa fase, você pede:  "escreva casa", ela desenha uma casa. O salto é a descoberta de que quando se escreve não se representa a coisa, representa-se o som da palavra que designa essa coisa. A humanidade levou milênios para chegar a esse princípio alfabético, que a criança deve descobrir rapidamente. É mais fácil, obviamente, pois já está descoberto... Ela deve ser ajudada a identificar essa forma de tornar visível a oralidade. 


Como se faz para que a criança consiga isso? 
É trabalhando muito a consciência fonológica, a percepção de que a língua é som. Porque a criança não tem consciência disso. Dou um exemplo interessante e recorrente na Educação Infantil: você está, por exemplo, desenvolvendo atividades com palavras que comecem com a mesma sílaba, como panela, pato, página. A gente faz jogos com as crianças, para que encontrem palavras que comecem igual. Muitas vezes propõe-se um jogo em que um barquinho é lançado de criança para criança, carregando palavras começadas com determinada sílaba. Com MA, por exemplo, e citamos uma: maçã. E as crianças falam: "abacaxi, banana, pêra". Por quê? Porque  as crianças fazem uma associação não com o som da palavra maçã, mas pensam em outras frutas. Enquanto a criança não descobrir que palavras são sons, como poderão se alfabetizar, se têm de escrever registrando os sons da palavra? Daí a importância da consciência fonológica nessa fase, entendida como consciência dos sons de palavras, de sílabas. Para isso as professoras podem brincar com parlendas, que facilitam colocar o foco no som - e aí quanto menos sentido a parlenda tenha, melhor, para forçar a criança a prestar atenção nesse aspecto. Outra boa alternativa é brincar com rimas, o que também ajuda a prestar atenção no som. 


Essa dimensão lúdica é muito importante, não? 
É fundamental. Falam muito que, ao trabalhar essas coisas na Educação Infantil, se esquece de que é uma etapa em que as crianças devem brincar, jogar etc. Eu não diria isso. A Educação Infantil é para que a criança se desenvolva socialmente e cognitivamente de forma lúdica. O que também é importante nas séries iniciais do ensino fundamental. Pensam que, se você trabalha com letramento e alfabetização, está tirando o tempo da brincadeira. Mas essas atividades são lúdicas! devem ser lúdicas! Os exemplos que dei anteriormente, como a ida à biblioteca, a leitura de livros, a leitura de histórias, as atividades com os sons das palavras... a criança adora tudo isso, é um brinquedo para ela, isso é lúdico. E a alfabetização é lúdica também. Esse desenvolvimento da consciência fonológica deve ser feito por meio de jogos, que ao mesmo tempo podem ser precursores da alfabetização. 


Sob esse aspecto, a educação infantil comporta algum nível de sistematização dessas aprendizagens, ou elas devem ser feitas no ensino fundamental? 
É difícil responder a isso, porque na verdade trata-se de um continuum, não há - ou não deveria haver - uma quebra da educação infantil para o ensino fundamental. Isso é algo em que o nosso sistema de ensino tem de insistir. Houve reação de muita gente quando se estendeu o ensino fundamental às crianças de seis anos, idade em que elas ainda estavam na educação infantil. Muitos reclamaram e ainda reclamam, por achar que é um absurdo que crianças de seis anos venham a ser alfabetizadas quando elas ainda estariam na fase da brincadeira. Essa é uma concepção inadequada, porque na verdade não há essas quebras no desenvolvimento da criança. Em todas as fases da vida, o desenvolvimento se dá numa linha de continuidade. E crianças chegam em níveis diferentes de desenvolvimento aos cinco, seis ou sete anos. É preciso haver sistematização e sequenciação, ou seja, um processo seqüente em que a criança desenvolve a consciência fonológica - e precisamos ajudá-la para isso, pois depois ela precisa desenvolver a consciência fonêmica, que depende da primeira. É preciso ir, sequencialmente, relacionando os sons da palavra, percebidos por meio de atividades de consciência fonológica, às letras do alfabeto. Ou seja, não são etapas definidas de forma externa à criança, é um continuum, no processo de desenvolvimento. Como também acontece no ensino fundamental e na educação em geral.  Nesse sentido, a pesquisa da [psicolinguista] Emilia Ferreiro trouxe uma grande contribuição acerca do desenvolvimento da criança no  processo de apropriação do sistema alfabético, mostrando as fases pelas quais ela passa. Começa icônica, o que corresponde à fase da humanidade em que a escrita era desenho; depois a criança começa a perceber que a escrita não é desenho, compreende que são formas específicas, as letras, e começa a escrever registrando letras, aleatoriamente; aos poucos vai descobrindo que há uma correspondência entre sons e letras, e começa a registrar com letras as sílabas, já tendo percebido que a palavra é feita de pequenos "pedaços", até que perceba que dentro de cada "pedaço" há fonemas que as letras representam. Essa última fase é a mais difícil, e vai acontecer, em geral, no início do ensino fundamental. Para ajudar a criança nesse processo, é preciso sequenciar e sistematizar atividades. Não creio em nenhuma educação que não seja sistematizada e seqüenciada. 


Quais  as habilidades e conhecimentos fundamentais o professor da Educação Infantil deve ter para ajudar seus alunos nessa fase? 
Deve ter, sobre certos temas, conhecimentos tão ou até mais sólidos do que professores do ensino médio. Porque ele deve simplificar sem falsificar. Quem é capaz de fazer isso? Quem domina muito bem os conteúdos. E não só conteúdos. Por exemplo, como desenvolver o gosto da criança pela leitura e pela literatura se a própria professora não tem esse gosto? E, mais do que isso, se não sabe interpretar um texto, mesmo um texto infantil? Se não domina estratégias de leitura? Na minha experiência com a formação de professoras, tenho tido de ensinar o que é uma 4ª capa de livro, uma lombada, um sumário.  Elas não se dão conta de que é preciso dizer à criança em que direção folhear um livro, que é necessário conscientizá-las de convenções que elas, professoras, já internalizaram e acham que são naturais. Isso dando um exemplo simples, sem falar da necessidade de inserir a criança nos mundos natural e social, coisas que dependem de conhecimentos básicos de sociologia, história, geografia, ciências, de matemática. Por exemplo, da mesma maneira que, em relação à alfabetização, na Educação Infantil se orienta a criança para que chegue ao conceito de princípio alfabético, deve-se orientar a criança para que chegue ao conceito de princípio numérico. As professoras não são formadas para isso. Elas teriam de ser boas leitoras,  de ter boa base de teorias da leitura, de conhecer literatura infantil e suas metodologias de trabalho, de conhecer as relações entre fonemas e letras, fonemas e grafemas, de conhecer psicolingüística e psicologia cognitiva, necessárias para orientar a criança em seu processo de aprendizagem, em particular no caso da língua escrita. E os professores não estão sendo formados assim, nem para a Educação Infantil, nem mesmo para o fundamental. O problema básico da educação no Brasil é a formação dos professores. Para as séries finais do ensino fundamental, bem ou mal os professores são formados em conteúdos. Mas, para a Educação Infantil e para as séries iniciais do fundamental, a formação se dá em cursos que não incluem os conteúdos que serão desenvolvidos nessas etapas nem os fundamentos psicocognitivos da aprendizagem desses conteúdos e sua  tradução em uma pedagogia adequada. Essa é a grande ausência na formação de professores. E não estou vendo essa questão ser atacada por processos eficientes. 


Ou seja, é preciso reformular os currículos da graduação em pedagogia... 
É claro. E é complicado, pois é preciso também uma mudança de postura dos formadores, para que formem alunos dos cursos de pedagogia com o objetivo de torná-los bons professores. Do jeito que estão, os cursos não estão formando adequadamente professores para a Educação Infantil e para as séries iniciais do ensino fundamental. Há poucos cursos de pedagogia que formam alfabetizadores. Há pouquíssimos que têm literatura infantil em suas grades curriculares,. Só por esses dois exemplos, se vê que as professoras não são preparadas adequadamente. Elas mesmas reconhecem isso. Ouço dizerem com frequência: "mas ninguém me ensinou isso". É verdade, não faz parte do currículo da formação. No caso do letramento, sem um mínimo conhecimento de literatura infantil, não há como trabalhar com literatura. É preciso saber, por exemplo, como trabalhar com um livro de imagens com crianças, ou quais as habilidades cognitivas e habilidades de leitura que um livro de imagens pode desenvolver.  

Link da Entrevista: Magda Becker Soares

terça-feira, 25 de junho de 2013

Avaliações Externas (IdeB, SARESP, etc...) - O que fazemos com os resultados?


Avaliações Institucionais, Avaliações Externas.

Estava dedicada ao estudo sobre "Avaliação Institucional". Encontrei um texto bastante interessante: Não basta apenas avaliar, avaliar, avaliar...
O texto abrange, de forma contundente, a finalidade das avaliações institucionais externas propostas em esfera federal e estadual. Expõe a incongruência entre oito objetivos ideais e reais dos resultados destas avaliações, fruto da pesquisa “A Avaliação Externa como Instrumento da Gestão Educacional” de iniciativa da Fundação Victor Civita, coordenada por Nigel Brooke, professor convidado da Universidade Federal de Minas Gerais.

Segue então, minha reflexão sobre o assunto:

 O país absorveu a sistematização de avaliações externas para aferição do nível de aprendizagem dos alunos, contudo, há questões pontuais que podem interferir severamente nesta mensuração. Questões estas que são extrínsecas a relação professor-aluno ou ao processo ensino-aprendizagem.

O Brasil não possui um currículo único, detalhado e obrigatório. Avaliações externas em larga escala, amostral ou censitária, podem ser dissonantes da realidade educativa, no que tange ao conteúdo a ser avaliado e conteúdo a ser ensinado.

Observa-se o crescente aumento da utilização da pontuação para comparações de realidades distintas, que efetivamente não contemplam a instauração de métodos ou programas que mostrem em longo prazo valia de resultados positivos sobre a Educação.

Ao partir do princípio da “Educação para todos”, os resultados obtidos deveriam ser utilizados para alicerçar práticas pedagógicas que tragam novas oportunidades de aprendizagem, mas, além disto, deveriam trazer amadurecimento para o desenvolvimento profissional do corpo docente e gestor das escolas avaliadas. Os índices podem reforçar ou revelar direcionamento quanto à formação continuada dos professores e mobilização do contingente social que envolve o aluno e a escola. 

As notas ou pontuações alcançadas, pura e simplesmente, não assumem papel “curativo” na Educação. Os resultados deveriam conduzir gestores a organizar e planejar suas unidades educacionais e equipes para caminhos que possibilitem a eficiência do aprendizado.

Torna-se impreterível diferenciar, no atual cenário educacional, o "tratamento" e a "cura". Mais do que isto, é necessário que os gestores estejam comprometidos com esta realidade, aptos a articular e executar análises e ações em tempo hábil para os alunos pertencentes às suas redes.
As avaliações externas são instrumentos que ao serem utilizados com sabedoria, podem viabilizar a finalidade idealizada de indicativo propulsor para mudanças que contemplem a melhoria da Educação Brasileira.   
        

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Entrevista publicada no Jornal "O Imparcial": Programa de Saúde Vocal Beneficia 35 Docentes em Anhumas

Programa de saúde vocal beneficia 35 docentes em Anhumas

por Daniela Silveira- Da Redação do Jornal "O IMPARCIAL"
15 de junho de 2013

A fonoaudióloga conta que se dedica há algum tempo à análise vocal do professor, por conta da grande importância que este profissional exerce sobre a formação social, cultural e educacional dos indivíduos.

A voz, segundo a fonoaudióloga municipal, Danielle Prandini Gazabini, é um importante meio de trabalho e convívio social, fundamental para a saúde física e mental do ser humano. E uma das categorias mais afetadas é a dos educadores. Para prevenir e combater o adoecimento laboral do docente de forma direta, a Prefeitura de Anhumas desenvolve o Programa de Saúde Vocal no município, que atende cerca de 35 profissionais. O curso que iniciou no mês de abril segue até novembro.

A fonoaudióloga conta que se dedica há algum tempo à análise vocal do professor, por conta da grande importância que este profissional exerce sobre a formação social, cultural e educacional dos indivíduos. Explica que para o professor, a função de comunicação tem um papel central no desempenho profissional e um transtorno vocal pode ter implicações amplas em sua qualidade de vida. Conta ainda que há uma grande falta de informações, para os professores, sobre o uso e cuidados básicos com a voz. “Geralmente, apenas no momento em que a voz começa a falhar, dando sinais de fadiga ou quando se estabelece uma patologia, é que o professor desperta para a importância da própria voz e a importância da higiene vocal”, diz.

Para obtenção de hábitos saudáveis para o uso profissional da voz, a fonoaudióloga ressalta que são necessárias adequações de comportamentos vocais. Por meio da análise da psicodinâmica vocal dos professores, é possível observar o princípio das mudanças, principalmente, no que compete à conscientização para este cuidado laboral. “A expectativa é que os resultados positivos permaneçam com o aumento gradual. Os professores aderiram ao programa com entusiasmo e assiduidade”, relata.

Curso
Com o intuito de minimizar os problemas dessa envergadura, a especialista expõe que foi implantado o curso. Para isso, diz que há a distribuição de material didático individual de apoio, com o título “Cartilha de Saúde Vocal do Professor”, que em 33 páginas contempla os seguintes aspectos: noções básicas de anatomia e fisiologia; reposição hídrica das pregas vocais; respiração; disfonias; voz profissional; voz e professor – relação direta; principais alterações vocais em professores; saúde vocal; técnica vocal; aquecimento e desaquecimento vocal.

Esclarece ainda que dentro do programa, há a elaboração do “Banco de Vozes do Corpo Docente”, com coletas semestrais para análise e monitoramento da produção vocal dos professores que lecionam na rede de ensino no ano corrente. Para isso, normas técnicas e protocolos vigentes na área de perícia em voz para coleta, gravação e armazenamento das amostras são adotadas com a finalidade de obter fidedignidade de resultados.

Cuidar da saúde vocal dos professores representa investimento na educação

por Daniela Silveira- Da Redação do Jornal "O IMPARCIAL"
16 de junho de 2013

A medida, que pode parecer simples, tem um importante impacto na rotina de quem, frequentemente, sofre com dores de garganta, rouquidão e cansaço vocal.

A Prefeitura de Anhumas desenvolve um programa de saúde vocal que beneficia 35 professores da rede pública de ensino. A iniciativa tem como objetivo prevenir e combater o adoecimento dos docentes cuja voz é um dos principais instrumentos de trabalho. Através da ação, professores recebem acompanhamento fonoaudiólogo e, por meio de análise vocal, são orientados para que desenvolvam hábitos e cuidados que favorecem o bom desempenho da voz.

A medida, que pode parecer simples, tem um importante impacto na rotina de quem, frequentemente, sofre com dores de garganta, rouquidão e cansaço vocal. Nestas condições, o professor é obrigado a se afastar temporariamente de suas atividades profissionais, uma vez que não consegue ministrar aulas. Esta problemática, consequentemente, interfere nos trabalhos escolares, já que para os estudantes não ficarem sem aula é preciso promover a substituição de professores.

O fato é que um programa de apoio local, como o desenvolvido em Anhumas, é benéfico, pois trabalha diretamente com a prevenção e não apenas com o tratamento de doenças diagnosticadas. Por isso, gestores da educação pública municipal, estadual e federal, devem analisar ações como estas a fim de colaborar com a saúde dos professores.

Se cada município dispuser de um programa e serviço de fonoaudiologia gratuito, direcionado aos professores locais, a tendência é que a quantidade de profissionais afastados por problemas vocais diminua. Para tanto, é indispensável que haja um levantamento sobre quantos docentes há no local, quais os principais problemas enfrentados, quais os motivos, que tipo de atendimento seria necessário a eles e como a iniciativa pode contribuir para o bom uso da voz e prevenção do adoecimento.

Apesar de tratar a saúde, medidas com este foco beneficiam também a educação, já que os educadores serão cuidados de maneira preventiva para que não seja necessário se ausentar de suas atividades.

Tratar bem dos professores – saúde, salários justos e capacitação – representa investir em quem tem como responsabilidade transferir conhecimento para os que são o futuro da nação.

Link da entrevista e da matéria:

Entrevista com fonoaudióloga Danielle Prandini Gazabini, para o jornal "O Imparcial"

 

Matéria sobre cuidados e investimento na Saúde Vocal do Professor em Anhumas - São Paulo.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Programa "Fonoaudiologia na Pré-Escola"



As instituições de educação infantil constituem um dos principais ambientes comunicativos das crianças e um local privilegiado para a atuação fonoaudiológica. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil prevê que as instituições de educação infantil devem abranger além de seu papel educativo, o desenvolvimento integral da criança. O fonoaudiólogo tem papel importante no desenvolvimento infantil na medida em que contribui para a criação de ambientes favoráveis ao desenvolvimento das habilidades comunicativas humanas.


O desenvolvimento da criança depende das oportunidades de aprendizagem oferecidas pelo mundo que a cerca. Ao ingressar na escola, a criança transpõe o limiar da família e passa a conviver com pessoas de sua idade, descobre novos valores e vivencia novas experiências. Para muitas delas, o convívio social proporcionado pela escola oferece possibilidades que a família, muitas vezes, não tem condições de oferecer.


A escola é um lugar privilegiado para a aquisição da linguagem, sendo esse o espaço ideal para a atuação primária do fonoaudiólogo. Diante disso, a atuação do fonoaudiólogo junto às escolas de educação infantil torna-se importante, pois é na pré-escola que as crianças aperfeiçoam a linguagem oral e desenvolvem importantes noções de escrita. Nesse nível de escolaridade, a atuação do fonoaudiólogo pode ter resultados mais produtivos porque a criança está em um período de rápidas e significativas transformações em vários aspectos do seu desenvolvimento.

Considerando isto, elaborei um programa fonoaudiológico para assessoria e consultoria, totalmente voltado à Pré-Escola. Em Anhumas, São Paulo, implantei o programa esta semana. A adesão dos gestores e docentes foi extremamente positiva. O primeiro módulo "Redesenhando Sentidos: Pré-Escola, lugar do que?" foi fantástico.

Este programa será desenvolvido no decorrer deste ano, com ações de intervenção realizadas por meio de orientações, cursos, palestras e formações continuadas. As ações desenvolvidas dentro da carga horária dos funcionários, contarão com obrigatoriedade na presença dos mesmos. Quando forem oferecidas fora da carga horária dos funcionários, a participação será voluntária.Os pais serão convidados a participarem dos momentos de orientações, realizados no período noturno visando maior adesão à proposta.

Compartilho meus cronogramas...No decorrer do ano, compartilharei as experiências!


  Cronograma  para formação com professores:

Ano
Mês
Assunto
2013
Junho
Redesenhando Sentidos: Pré-Escola, lugar do que?
2013
Junho
Conhecimentos Prévios: Ideia-âncora e Complexidade de Construção.
2013
Julho
Desenvolvimento Infantil: A criança que vai à Pré-Escola.
2013
Agosto
Desenvolvimento das Funções Estomatognáticas.
2013
Agosto
Sistema Auditivo e Desenvolvimento das Habilidades Auditivas.
2013
Setembro
Desenvolvimento da Linguagem: Diálogo Interdisciplinar.
2013
Setembro
Processamento Auditivo e Consciência Fonológica na Educação Infantil.
2013
Outubro
Ludicidade na Aprendizagem: Investimento ou Passatempo?
2013
Outubro
Linguagem Escrita: Possibilidades de estimulação na Pré-Escola.
2013
Novembro
Construção Colaborativa do Conhecimento: A importância da interação na Pré-Escola.
2013
Novembro
Projeto de Transição “Pré-Escola para 1º ano”.
2013DezembroPré-Escola, lugar de reflexão: O que conquistamos?

Cronograma para formação com auxiliares de serviços gerais:

Ano
Mês
Assunto
2013
Julho
Redesenhando Sentidos: Pré-Escola, lugar do que?
2013
Agosto
Desenvolvimento Infantil: A criança que vai à Pré-Escola.
2013
Setembro
Desenvolvimento das Funções Estomatognáticas.
2013
Outubro
Construção Colaborativa do Conhecimento.
2013
Novembro
Pré-Escola, lugar de reflexão: O que conquistamos?


Cronograma para orientação aos pais:

Ano
Mês
Assunto
2013
Agosto
Desenvolvimento Infantil: O que meu filho está conquistando?
2013
Outubro
Estimulação Infantil: Meu filho, meu tesouro – Despertando seu Potencial.
2013
Dezembro
Investir na Comunicação Familiar: Linguagem e Laços de Amor.