terça-feira, 25 de junho de 2013

Avaliações Externas (IdeB, SARESP, etc...) - O que fazemos com os resultados?


Avaliações Institucionais, Avaliações Externas.

Estava dedicada ao estudo sobre "Avaliação Institucional". Encontrei um texto bastante interessante: Não basta apenas avaliar, avaliar, avaliar...
O texto abrange, de forma contundente, a finalidade das avaliações institucionais externas propostas em esfera federal e estadual. Expõe a incongruência entre oito objetivos ideais e reais dos resultados destas avaliações, fruto da pesquisa “A Avaliação Externa como Instrumento da Gestão Educacional” de iniciativa da Fundação Victor Civita, coordenada por Nigel Brooke, professor convidado da Universidade Federal de Minas Gerais.

Segue então, minha reflexão sobre o assunto:

 O país absorveu a sistematização de avaliações externas para aferição do nível de aprendizagem dos alunos, contudo, há questões pontuais que podem interferir severamente nesta mensuração. Questões estas que são extrínsecas a relação professor-aluno ou ao processo ensino-aprendizagem.

O Brasil não possui um currículo único, detalhado e obrigatório. Avaliações externas em larga escala, amostral ou censitária, podem ser dissonantes da realidade educativa, no que tange ao conteúdo a ser avaliado e conteúdo a ser ensinado.

Observa-se o crescente aumento da utilização da pontuação para comparações de realidades distintas, que efetivamente não contemplam a instauração de métodos ou programas que mostrem em longo prazo valia de resultados positivos sobre a Educação.

Ao partir do princípio da “Educação para todos”, os resultados obtidos deveriam ser utilizados para alicerçar práticas pedagógicas que tragam novas oportunidades de aprendizagem, mas, além disto, deveriam trazer amadurecimento para o desenvolvimento profissional do corpo docente e gestor das escolas avaliadas. Os índices podem reforçar ou revelar direcionamento quanto à formação continuada dos professores e mobilização do contingente social que envolve o aluno e a escola. 

As notas ou pontuações alcançadas, pura e simplesmente, não assumem papel “curativo” na Educação. Os resultados deveriam conduzir gestores a organizar e planejar suas unidades educacionais e equipes para caminhos que possibilitem a eficiência do aprendizado.

Torna-se impreterível diferenciar, no atual cenário educacional, o "tratamento" e a "cura". Mais do que isto, é necessário que os gestores estejam comprometidos com esta realidade, aptos a articular e executar análises e ações em tempo hábil para os alunos pertencentes às suas redes.
As avaliações externas são instrumentos que ao serem utilizados com sabedoria, podem viabilizar a finalidade idealizada de indicativo propulsor para mudanças que contemplem a melhoria da Educação Brasileira.   
        

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