quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nutrição antes do nascimento pode influir no desempenho mental da criança

Um novo estudo do projeto Nutrimenthe indica que a alimentação antes do nascimento e na infância pode contribuir para o desenvolvimento do cérebro e do desempenho mental.


Acompanhando centenas de famílias europeias durante cinco anos, os pesquisadores analisaram os efeitos da vitamina B, ácido fólico e leite materno em oposição ao leite de fórmula, ferro, iodo e ômega-3, no desenvolvimento dos aspectos cognitivos, emocionais e comportamentais das crianças desde o nascimento até os nove anos de idade. 
A pesquisa descobriu que o ácido fólico, que é recomendado para mulheres durante os três primeiros meses de gravidez em alguns países da Europa, pode reduzir a probabilidade de problemas de comportamento durante a infância. 

Comer óleo de peixe também auxilia no desenvolvimento das crianças, não só por causa dos ácidos graxos ômega-3 — que funcionam como blocos de construção para as células do cérebro — mas também devido ao teor de iodo, que tem um efeito positivo sobre a capacidade de leitura em crianças de nove anos de idade.

Segundo a professora Cristina Campoy, líder do projeto, foi necessário um extenso estudo, já que, se feito à curto prazo, seria incapaz de detectar a real influência da nutrição no início da vida. O Nutrimenthe foi projetado para ser de longo prazo, já que o cérebro leva um tempo para amadurecer. As primeiras deficiências, por exemplo, podem demorar a aparecer. Por isso, a nutrição precoce é tão importante — explica.

Muitos outros fatores podem afetar a performance mental na infância, incluindo a educação e idade dos pais, o nível socioeconômico e a genética da mãe. Isso tudo pode influir, por exemplo, como certos nutrientes são processados e transferidos durante a gravidez e a amamentação, afetando o desempenho mental da criança.


Os pais devem tentar ter uma nutrição adequada durante a gravidez e nos primeiros anos da criança, incluindo durante a amamentação.


Os resultados da pesquisa serão apresentados e discutidos na Nutrimenthe International Conference, que ocorre no Centro de Conferências e Exibições de Granada, entre 13 e 14 de setembro.

Fonte: Clique Aqui!

Com as novas tecnologias, quem é o aprendiz: professor ou aluno? ...por Patrícia Melo.

“O melhor que pode fazer um professor quando tenta fazer funcionar um aparato tecnológico e não consegue é pedir ajuda para um aluno. E reconhecer que nesse território os jovens são mais competentes simplesmente porque nasceram com a tecnologia instalada na sociedade e isso muda completamente a visão”. Li essa afirmação, de Emília Ferreiro, educadora argentina reconhecida internacionalmente por seus pensamentos e estudos, especialmente sobre alfabetização, em uma entrevista publicada no portal da Revista Educação. Quando passei meus olhos nesse trecho, retornei a leitura, pois é algo em que acredito e venho falando durante troca de ideias com profissionais da Educação, especialmente das áreas da Educomunicação e da Tecnologia Educacional.

Mas a afirmação é intrigante e levanta o questionamento. Professor e aluno podem trocar de papéis? Provocação essa, muitas vezes, não vista com bons olhos entre os docentes. Participo de um grupo de pesquisa com foco em Tecnologia e Educação. Nossa tarefa, em um dos encontros, era sugerir ações para que o uso das novas tecnologias ocorresse de forma efetiva dentro da escola. Levantei a hipótese de que o professor poderia aprender com o aluno a dominar a técnica das ferramentas tecnológicas, para então inseri-las em sua metodologia, em sua proposta pedagógica. 

No entanto, ainda existe uma barreira do professor, um receio com relação a “abrir mão do seu poder social”, exercido quando está à frente da turma, em pé, expondo o conhecimento detido. Seria medo de perder a sua autoridade? Quando expus essa hipótese, escutei um contra-argumento de um dos integrantes do grupo: “essa situação, do professor aprender com o aluno, precisa tomar cuidado, pois daqui a pouco o aluno estará sabendo mais que professor”. E qual é o problema do aluno saber mais que o professor no que diz respeito às novas tecnologias? Esse ponto não poderia ser um diferencial para envolver a turma em projetos em que a sua produção realmente faça sentido, transformando os alunos em protagonistas de suas ações? 

Veja  o exemplo de uma escola municipal do Rio de Janeiro, que criou um projeto de monitoria tecnológica. Mais de 30 alunos, do 2o ao 5o ano, são tutores dos colegas e dos professores, ajudando a criar blogs, perfis em redes sociais e grupos de discussão.


O contexto apresentado no vídeo traduz a discussão levantada com esse post, fazendo relação com outra afirmação de Emília Ferreiro, que resgata o momento de quando as novas tecnologias no universo educacional eram, além de novidades, assustadoras: “os alunos apaixonados pelas novas tecnologias e sem medo frente a elas e os professores com muito temor pedindo uma capacitação e não deixando serem ensinados pelos alunos. No espaço pessoal, essas mesmas professoras, quando tentavam usar o computador e não conseguiam, chamavam os filhos, os jovens. Mas no espaço escolar elas não podiam recorrer aos jovens porque perdiam a autoridade. Todavia, estamos em um momento em que os jovens são muito mais espertos que os adultos em relação às novas tecnologias e é natural que assim seja”.

Patrícia Melo é jornalista desde 2001 e há oito anos atua em benefício da Educação por meio da Comunicação. Hoje, também é empreendedora, com a Presença – Comunicação Educacional, que tem como objetivo a produção de textos, entrevistas, reportagens e projetos comunicacionais direcionados especialmente ao universo educacional. Dessa forma, contribui para um diálogo mais consistente e criativo entre a Escola e a Família.

Fonte da Matéria: Gazeta do Povo

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

II Mostra de Fonoaudiologia em Linguagem Escrita” e o “I Fórum sobre o Projeto Lei Federal Nº 7081/2010

Prezado Fonoaudiólogo Educacional, fique atento para este evento!

“II  Mostra de Fonoaudiologia em Linguagem Escrita” e o “I Fórum sobre o Projeto Lei Federal Nº 7081/2010 e afins.”


A fim de suprimir uma demanda que vem do segmento educacional e justificar a não aprendizagem de determinados alunos, vários projetos de leis estão sendo elaborados e o PL 7081 /2010 exemplifica essa afirmação.

Objetivos do evento: possibilitar discussões, definir o posicionamento da categoria quanto ao tramite do referido projeto de lei e afins, bem como subsidiar futuras ações.

Justificativa: Pensar sobre os motivos pelos quais a criança não aprende e os fatores que estariam interferindo/impedindo nesse percurso não é tarefa fácil. Diversas áreas, dentre elas a Fonoaudiologia, buscam respostas às essas questões e apresentam diferentes explicações para entender o problema.


DATA: 19/ 10/ 2013
HORÁRIO: 08:30 às 16:00 horas
LOCAL: Auditório do CREMESP (Rua Domingo de Moraes, nº 1810 - Vila Mariana - São Paulo)
INSCRIÇÕES: Gratuítas, via e-mail, cibele@fonosp.org.br

Somente serão aceitas inscrições de profissionais inscritos no 
CRFa. 2ª Região, em dia com suas obrigações financeiras.

Opinião pessoal sobre o evento: No ano passo tive o prazer de participar, foi espetacular. Não percam a oportunidade de participar e, juntos, consolidar um melhor cenário para a Fonoaudiologia Educacional!

Para maiores informações, Click Aqui!






segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mestrado e Pós Graduação no Hospital Albert Einstein: Processos seletivos abertos!

 

Para quem deseja estudo de ótima qualidade, uma oportunidade maravilhosa: Ensino Einstein!

 

 

 

"Os cursos de especialização lato sensu do Instituto Israel​ita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein são direcionados à atuação profissional e à atualização. Desenvolvidos c​om rigor acadêmico, apresentam método de ensino voltado à aplicação da teoria na prática do dia a dia. A estrutura permite que os alunos troquem experiências com professores e colegas da área, o que estimula o networking e, consequentemente, aumenta as chances de empregabilidade, seja no Einstein, seja em outras instituições".

Eu tive a oportunidade de fazer atualizações nesta excelente instituição de ensino. Com certeza, foram experiências incríveis! Estão abertas inscrições para processos seletivos de vários cursos de pós graduação e mestrado profissional em Enfermagem, para 2014.

Maiores informações: Click Aqui!

Relação entre Mordidas e Linguagem!


 Mais do que uma reação de raiva, as mordidas dadas pelas crianças pequenas, com até 02 ou 03 anos de idade, são uma forma de comunicação e de expressão de sentimentos. "Nessa primeira etapa da vida, a criança ainda não domina a linguagem. Então, a forma que ela tem para se expressar, para se comunicar e interagir com os outros é pelos meios físicos, como morder, bater, puxar o cabelo.


O fato de as mordidas fazerem parte de uma fase do desenvolvimento das crianças não significa que elas devem ser ignoradas ou aceitas pelos pais. Conheça abaixo um pouco mais sobre essa fase e veja as dicas para saber como lidar quando seu filho é a vítima da mordida ou quando é o autor da dentada em um coleguinha da escola ou mesmo em um adulto.


Por que as crianças mordem? 

Enquanto ainda não sabem falar com desenvoltura, as crianças utilizam outros meios para se expressar e para se comunicar. A mordida é uma delas. As crianças na idade oral ainda não verbalizam com fluência e a linguagem do corpo acaba sendo mais eficaz. Nessa fase em que as crianças ainda não têm domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para manifestar descontentamento, alegria, descobertas. O que a criança deseja ao morder um amiguinho não é agredi-lo, mas sim obter de forma rápida algum objeto ou chamar atenção. As mordidas são usadas em situações diversas, e a criança vai avaliando quais os efeitos que as mordidas têm: A criança morde e depois vê o que acontece. Por exemplo, se ao morder ela consegue o que quer e qual é a reação do outro.


O que é fase oral? 

A fase oral é uma etapa do desenvolvimento que vai do nascimento até por volta de dois anos de idade. Nessa fase, é comum vermos crianças dando mordidas ao primeiro sinal de estresse. Este é um dos mais importantes - e mais primitivo - estágio do desenvolvimento infantil, quando a criança ainda é egocêntrica, ou seja, acredita que o mundo funciona e existe por sua causa. Em sua concepção, tudo que deseja deve ser prontamente atendido e, quando isso não ocorre...morde! Nessa idade as necessidades, percepções e modos de expressão da criança estão concentradas na boca, lábios, língua e outros órgãos relacionados com a zona oral.


 Como a criança aprende a morder? 

As crianças não nascem sabendo dar mordidas, assim como não nascem sabendo dar tapas ou puxar o cabelo. Quem ensina as crianças a morder, beliscar ou a bater são os próprios adultos e as crianças mais velhas. Essas ações se aprendem na relação com outras crianças, com os adultos. Os adultos têm esse tipo de brincadeira, dizendo "vou morder você, vou apertar sua bochechinha". A criança assiste a essas formas de comunicação e a partir daí vai usando esses meios para se comunicar também.


Em quais situações as crianças mordem? 

Várias situações podem levar a criança a morder. Gravidez, mudança de sala na escola, a disputa por um brinquedo ou mesmo pela atenção de outras pessoas, enfim, situações onde a criança se depare com sentimentos que ainda não sabe expressar.


Como lidar quando a criança morde? 

Quando a criança morde outra pessoa, é importante a mediação de um adulto, para fazer com que ela reflita sobre o que fez e para que entenda que há outras maneiras de conseguir o que deseja. O adulto deve mostrar à criança que há outros meios de expressar-se ou de conseguir o que se quer. Pode-se dizer, por exemplo: “se você não gostou do que ele fez, vamos dizer isso a ele”, ou “você quer o brinquedo? Então vamos pedir o brinquedo”. 
O adulto deve mostrar à criança que a linguagem é a forma certa de se obter as coisas. O papel do adulto é transformar a atitude corporal em uma atitude mediada pela linguagem. Esse é um grande objetivo da educação, tanto na escola quanto em casa. Quando esse ensinamento não é dado logo cedo, as crianças crescem e mantém as atitudes corporais para conseguir o que querem. É o que se vê quando crianças mais velhas se atiram no chão e fazem escândalo quando são contrariadas.


O que fazer se o seu filho for mordido por outra criança? 

A mordida é sempre uma situação difícil para os pais de ambas as crianças. Os pais da criança mordedora sentem-se envergonhados e os pais da criança mordida ficam chateados pelo machucado do filho. Cabe à escola mediar as relações entre as crianças e seus familiares para minimizar os sentimentos negativos e criar situações para estabelecer limites, mostrando a importância do respeito e do tratar bem o amigo que ficou triste por ter sido machucado. Tanto a escola quanto os pais devem aproveitar essas situações para ensinar à criança as regras de convivência. Os pais não devem aceitar a ocorrência da mordida como uma coisa rotineira. O ideal é procurar a coordenação da escola, dizer que isso não pode acontecer e procurar entender o que houve para gerar essa situação. A criança mordida deve ser acolhida e incentivada a expressar seu descontentamento, porém nunca deve ser incentivada a revidar, ou seja, a morder também.


Há casos em que a mordida pode ser sinal de que a criança está com problemas?  

Apesar de, na maioria das vezes, a mordida fazer parte do desenvolvimento natural da criança, em alguns casos, este comportamento pode sinalizar um problema de ordem emocional. Se estas mordidas passam a ser frequentes, a criança pode estar insatisfeita, ansiosa, com sentimento de rejeição ou tentar chamar a atenção através da agressividade. Quando isso acontece, a família e a escola precisam acompanhar de perto e com atenção para descobrir as possíveis causas e dependendo do caso, é importante buscar a ajuda de um psicólogo. Porém, os casos de ordem emocional não são em si a maioria.

 

- Fonte: Educar para Crescer -

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Comemoração: Dia Mundial da Alfabetização em Anhumas



08/ 09 - Dia Mundial da Alfabetização



O dia mundial da alfabetização é comemorado em oito de setembro. A alfabetização é o processo que desenvolve as habilidades de leitura e de escrita de um sujeito, tornando-o capaz de identificar e decifrar os códigos escritos.

A UNESCO se comprometeu a diminuir os índices de analfabetismo no mundo, pois nos países subdesenvolvidos cerca de 25% de adultos e crianças não sabem ler e escrever, chegando a um total de novecentos milhões de pessoas.

O índice de cidadãos alfabetizados de um país indica o nível de desenvolvimento do mesmo. Quanto mais pessoas analfabetas, menos desenvolvimento. Isso faz com que governantes procurem favorecer suas estatísticas, criando projetos que melhorem essas taxas, mas não garantem o aprendizado, como a educação por ciclos, onde os alunos não podem repetir o ano, sendo aprovados para as séries seguintes, mesmo apresentando grandes deficiências. Os métodos mais utilizados no processo de alfabetização normalmente levam os nomes de seus precursores. Jean Piaget, Montessori, e Paulo Freire são exemplos disso.

A comemoração da data no Brasil acontece desde 1930, no dia 14 de novembro, data da fundação do Ministério da Educação e Saúde Pública. Foi uma importante conquista do governo de Getúlio Vargas, que havia acabado de tomar posse. A criação do ministério visava promover o ensino primário e combater o analfabetismo no país.

Em 2000, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou o censo sobre educação, concluindo que o índice de analfabetismo no país atinge cerca de 13% da população do Brasil com mais de dez anos de idade; a população de analfabetos absolutos de nosso país ultrapassa o número de 16 milhões. Além desses índices, existem as pessoas com mais de quinze anos que não permaneceram por quatro anos nas escolas, consideradas analfabetas funcionais – lêem, mas não interpretam, numa margem de trinta milhões de brasileiros.

A grande incidência de analfabetismo em um país o deixa mais propenso a aceitar as imposições dos governantes, assim como dos meios de comunicação de massa, pois essa parte da população torna-se despreparada para compreender os problemas sociais e lutar por seus direitos enquanto cidadãos.
 


Comemoração em Anhumas - São Paulo



Para as crianças de três a doze anos, atendidas semanalmente, pela fonoaudióloga e pedagoga/psicopedagoga deste município, hoje está sendo finalizado um projeto comemorativo.

O objetivo geral do projeto foi de contribuir para a construção de vínculo positivo dos pacientes que freqüentam os serviços de fonoaudiologia e psicopedagogia, com o processo de alfabetização.

Para hoje estão programadas duas festividades, uma no período matutino e outra no vespertino, sob o título "Encerramento da Semana de Comemoração  sobre o Dia Mundial da Alfabetização". Estas festividades serão "pick nick" onde as crianças experimentarão o processo de alfabetização de modo agradável e integrado à natureza.

As atividades programadas, por mim (fonoaudióloga) e pela querida amiga psicopedagoga, envolvem: Leitura, escrita, desenho, contação de histórias com fantoches, jogos que contemplam sequência temporal, raciocício lógico matemático, análise-síntese e etc...

Ao final das atividades, será oferecido um delicioso momento preparado com muito carinho pela nutricionista: suco, bolo de chocolate, lanchinho natural e baguete recheado...



Para lembrancinhas, compramos livros e embalamos para presente com balinhas e um enfeite de EVA para dar um charme no pacote! 

As fotos, nas quais as crianças aparecem, não poderão ser postadas por não haver autorização do uso de imagem...então, deixo aqui um registro do "cenário inicial" de toda esta diversão...

No link abaixo, disponibilizamos para download o modelo do projeto (simples, confesso) que utilizamos. Espero que possa ser instrumento para quem quiser ideias e sugestões.

Fonoaudiologia e Psicopedagogia - Projeto disponível para download

Grande abraço, 

Danielle Prandini Gazabini (Fonoaudióloga), 

Ivone Cardoso Ribeiro (Pedagoga/ Psicopedagoga), 

Alexandra Mescolote (Nutricionista).

 

 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Inclusão: Autismo - Breves Considerações.

De forma bastante simplificada, segue breve orientação:

 

1. Sobre o Autismo

Segundo a psicopedagoga Bianca Acampora, o autismo é considerado um transtorno global do desenvolvimento, marcado por três características fundamentais: inabilidade para interagir socialmente; dificuldade de domínio de linguagem para se comunicar e lidar com jogos simbólicos; padrão de comportamento restritivo e repetitivo. No autismo, o grau de comprometimento varia de intensidade: há quadros leves, como a síndrome de Asperger, na qual não há comprometimento da fala e da inteligência, e outros mais graves, em que o paciente é incapaz de manter contatos interpessoais e demonstra comportamento agressivo.

A criança com autismo se desenvolve de maneira mais lenta se comparada com as que apresentam desenvolvimento típico. "Ela é capaz de interagir e participar, mas da forma dela, talvez não como a escola ou a família espera", explica a psicopedagoga Bianca Acampora, completando: "Os autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam, por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina".

O autismo é um grave transtorno do desenvolvimento, descrito pela primeira vez em 1943, pelo psiquiatra austríaco Leo Kanner, e pressupõe alterações nas seguintes áreas:
  1. Interação Social
  2. Comunicação
  3. Interesses e atividade
Embora não se conheça ao certo as origens e, menos ainda, a cura, sabe-se que o autismo é congênito, determinado em grande parte pela genética, mais possivelmente por dezenas de genes.
Estima-se que em cada 1.000 pessoas, 6,7 tenham autismo.

2. Inclusão e Autismo

A chave da inclusão do autista está na comunicação, como indica a psicopedagoga Bianca Acampora: "É fundamental descobrir um meio ou uma técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com a criança. Além disso, a presença de um cuidador ou acompanhante na sala de aula pode ser muito importante". A partir daí, deve-se adotar uma metodologia de ensino adequada para o aluno. 

"No caso do autismo, já existem provas do que funciona e do que não funciona na escola", aponta Carmen Lydia da Silva T. de Marco, diretora do Colégio Pauliceia, de São Paulo, e especialista em psicologia sistêmica e educacional. Ela recomenda a atualização dos profissionais e adaptações no currículo para que a inclusão ocorra da melhor maneira possível.

As atividades são selecionadas e planejadas para a diferença, pois, atualmente, as escolas diversificam o programa. Mas esperam, no fim das contas, que todos tenham os mesmos resultados", critica a psicopedagoga Bianca Acampora.


"Uma escola inclusiva deve ter um bom projeto pedagógico, que começa pela reflexão. Diferentemente do que possam pensar, a inclusão vai muito além de ter rampas e banheiros adaptados", observa a psicopedagoga e arteterapeuta Bianca Acampora, especialista em desordens de aprendizagem e autora do livro Psicopedagogia Clínica - O Despertar das Potencialidades (Wak Editora).

Entre diagnósticos relativamente comuns, estão o autismo, a esquizofrenia e diferentes tipos de psicose. Todas essas condições pedem tratamentos específicos, realizados por equipes multidisciplinares. A boa notícia é que, uma vez tratada e acompanhada, não há motivo para que a criança não seja incluída e desenvolva bem o seu aprendizado. O papel da escola é, sobretudo, pensar em soluções pedagógicas para ela.  

A metodologia é a chave da questão: para de fato incluir os alunos com deficiência ou doença mental na escola, é preciso que esta esteja preparada. O que isso significa? Conhecer cada caso, envolver-se com a questão (mantendo, inclusive, contato com os pais e com outros profissionais que atendam a criança) e adotar um sistema de aprendizado que funcione. 

Já existem diversas pesquisas, publicadas em livros e revistas científicas, que relacionam pedagogia e deficiências e doenças mentais. "As práticas pedagógicas precisam ser revistas. As atividades são selecionadas e planejadas para a diferença, pois, atualmente, as escolas diversificam o programa. Mas esperam, no fim das contas, que todos tenham os mesmos resultados", critica a psicopedagoga Bianca Acampora. "Os alunos precisam de liberdade para aprender a seu modo, de acordo com as suas condições. E isso vale para estudantes com deficiência ou não", complementa. 

O aprendizado é individual, e não ocorre da mesma maneira em duas crianças, tenham elas deficiências ou não. A escola deve estar atenta a esse fato e evitar o autoritarismo; não deve jamais esperar resultados idênticos de indivíduos diferentes.