Dicas para incentivar seu filho a ler todos os dias e, assim, ter amor pelos livros:
Pesquisas
do mundo todo mostram que a criança
que lê e tem contato com a literatura desde cedo,
principalmente se for com o acompanhamento
dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende
melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. Por
meio da leitura, a criança desenvolve
a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e
valores.).
A
leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A
proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e
ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na
escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a
grafia correta das palavras.
1- Quais são os benefícios
da leitura?
Segundo
o Ministério da Educação (MEC) e outros órgãos ligados à Educação, a leitura:
Desenvolve o repertório: ler é um ato valioso para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. É uma forma de ter acesso às informações e, com elas, buscar melhorias para você e para o mundo.
Desenvolve o repertório: ler é um ato valioso para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. É uma forma de ter acesso às informações e, com elas, buscar melhorias para você e para o mundo.
Liga
o senso crítico na tomada: livros, inclusive os romances, nos
ajudam a entender o mundo e nós mesmos.
Amplia
o nosso conhecimento geral: além de ser envolvente, a leitura
expande nossas referências e nossa capacidade de comunicação.
Aumenta
o vocabulário: graças aos livros, descobrimos novas
palavras e novos usos para as que já conhecemos.
Estimula
a criatividade: ler é fundamental para soltar a
imaginação. Por meio dos livros, criamos lugares, personagens, histórias.
Emociona
e causa impacto: quem já se sentiu triste (ou feliz) ao fim
de um romance sabe o poder que um bom livro tem.
Muda
sua vida: quem lê desde cedo está muito mais preparado para os
estudos, para o trabalho e para a vida.
Facilita
a escrita: ler é um hábito que se reflete no domínio da escrita.
Ou seja, quem lê mais escreve melhor.
2- Quando começar a ler
para o meu filho?
As
pesquisas mostram que quem começa a ler cedo tem mais chances de se tornar um
leitor assíduo. Mostram também que o contato com narrativas melhora o futuro
desempenho da criança. Por isso, leia ou conte as histórias que você
conhece para seu filho desde bebê. É
importante usar a entonação e a emoção!
3- Como incentivar meu
filho a ler?
Pequenos
passos, como deixar os livros ao alcance das mãos e ler pelo menos 20 minutos
por dia, fazem toda a diferença. Algumas dicas práticas:
Dê
o exemplo e leia você também. É bom
para você e excelente para seu filho, que seguirá seu modelo naturalmente.
Deixe os livros
à mão para ele folhear e inventar histórias. Livros têm de ser vividos,
usados, não podem parecer objetos sagrados.
Reserve um horário
para a leitura e transforme em um momento de prazer. Aconchegue-se com seu filho, leia para ele, mostrando as palavras.
Quando ele crescer, ajude-o na leitura.
Frequente livrarias e
bibliotecas. Dê livros, gibis ou revistas de presente.
Comente sempre o livro com ele. Incentive-o a falar da história e contá-la para outras pessoas.
Comente sempre o livro com ele. Incentive-o a falar da história e contá-la para outras pessoas.
Empreste
livros para os amiguinhos dele. Estimule
a troca e as conversas. Estimule atividades que usem a leitura - jogos,
receitas, mapas.
4- Como escolher um livro
para meu filho?
Livros
com temas atraentes e linguagem adequada para cada idade são garantia de
diversão. "Para conquistar os pequenos leitores, é preciso recomendar
livros pelos quais eles se interessem. Tomando o cuidado, claro, de escolher
obras que proponham algum tipo de reflexão e que sejam bem escritas", diz
Ana Elvira Casadei Iorio, professora do Colégio São Luís, de São Paulo (SP).
Cuidado
para não forçar a barra - nunca obrigue a leitura nem indique obras impróprias
para a sua faixa etária. "Se começarmos exigindo que eles leiam livros mais
sérios e pesados, podemos perder o leitor", completa a professora.
5- Por que é importante que
eu leia para meu filho?
A
leitura estreita o vínculo familiar, afinal, trata-se de uma experiência
compartilhada.
Lendo,
você ri e se emociona, mostra à criança seu lado humano e capta os sentimentos
dela. Quem não se lembra da cena do filme "ET - O Extraterrestre" em
que a mãe lê "Peter Pan", clássico de James M. Barrie, para a pequena
Drew Barrymore: "Se você acredita em fadas, bata palmas!". E as duas
batem palmas animadamente. Só Spielberg para mostrar tão bem esse momento de
intimidade e alegria em família.
6- Quanto tempo eu devo ler
para meu filho?
Não
é preciso ler por muito tempo, mas é importante inserir a leitura na rotina da
criança e da família.
7- Como deve ser a leitura
para crianças pré-alfabéticas?
Compartilhar
uma história já é uma forma de leitura. "O fato de a criança ainda não
saber ler convencionalmente não significa que não possa presenciar das mais
variadas situações de leitura", explica Clélia Cortez, coordenadora
pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São Paulo (SP). Nesta situação, o adulto é
um mediador entre a criança e o livro, ou seja, é ele quem lê para ela, de
preferência com entonação e emoção. "Neste momento, o que interessa é o prazer
pela leitura e o afeto que envolve o momento", reforça Clélia Cortez.
Muitos
dos livros para crianças em fase de pré-alfabetização são verdadeiros
brinquedos. Coloridos e dobráveis, eles são muito lúdicos, o que estimula o
gosto pelos livros. "Desde pequenas, as crianças devem se sentir motivadas
a ler. Elas precisam perceber a leitura como um desafio interessante e
prazeroso", completa Clélia Cortez.
8- Como escolher um livro
para criança?
É
importante atentar para a adequação entre a idade da criança e a faixa etária
indicada no próprio livro. Indicações de parentes, amigos e principalmente,
educadores, ajudam - e muito.
É
válido considerar também os temas que interessam mais aos pequenos leitores.
Outro aspecto fundamental é apresentar às crianças narrativas simples, porém
ricas - afinal os textos precisam ter vocabulário acessível, mas não podem
subestimar o pequeno leitor. "Embora possa ser menor, a narrativa tem uma
riqueza na construção da linguagem, até porque as crianças dessa idade estão em
processo de construção da oralidade e precisam ter boas referências. A
linguagem está relacionada com o pensamento, por isso a importância de oferecer
ricas narrativas", diz Clélia Cortez, coordenadora pedagógica do Colégio
Vera Cruz, em São Paulo (SP).
9- Como escolher um livro para adolescente?
Para
os mais velhos, vale a pluralidade de gêneros literários e finalidades - livros
para divertir, para imaginar, para conhecer outras culturas, para estudar;
livros que abordem valores e boas atitudes, que tenham personagens com os quais
eles se identifiquem.
O
principal é, de novo, que tragam boas referências. "É nessa fase que os
alunos estão começando a produzir seus próprios textos", diz a Lara Pecora
Polazzo, professora do Colégio Santa Maria, de São Paulo (SP).
10-A leitura ajuda a
aumentar o vocabulário?
Sim,
a leitura ajuda a aumentar o vocabulário, pois familiariza a criança com a
palavra escrita e, de quebra, ajuda a fixar a grafia correta das palavras e a
construção harmônica das frases.
Textos
com estrutura de repetição costumam ser muito apreciados pelas crianças. São
fáceis de memorizar e ainda possibilitam a identificação das palavras
repetidas, o que é importante para a alfabetização. "Ao acompanhar a
leitura das palavras de um livro, a criança, mesmo que ainda não seja
alfabetizada, vai sendo introduzida no mundo das letras", afirma Célia
Cortez, coordenadora pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São Paulo (SP).
11-Como diferenciar um
livro ruim de um bom?
Em
tese, toda leitura é bem-vinda. Ter contato com obras de diferentes estilos é
fundamental. "Livros para divertir, para imaginar, para conhecer outras
culturas, para estudar; livros que abordem valores e boas atitudes, que tenham
personagens com os quais as crianças se identifiquem", afirma Lara Pecora
Polazzo, professora do Colégio Santa Maria, de São Paulo (SP).
Por
isso, não há problemas em ler com interesse - compulsão, até - best-sellers
como Crepúsculo ou Harry Potter. Mas os pais têm obrigação de intermediar o
contato do filho com outras experiências literárias. "A orientação de um
leitor mais experiente é muito importante", diz Neusa Sallai, professora
do Colégio Rio Branco, de São Paulo (SP).
12-É importante que eu
mesma leia?
Sim,
pois o hábito da leitura é contagiante. Se os pais, vez ou outra, ficam quietinhos,
mergulhados num bom livro, a criança com certeza receberá a mensagem: ler é
gostoso. Por isso, dê o bom exemplo.
Quer
que seu filho leia mais? Então faça o mesmo e comece a substituir alguns
momentos em frente à TV pela leitura.
Sempre
que estiver lendo um jornal, chame seu filho para ver algo interessante que
você encontrou. Pode ser uma tirinha engraçada, uma imagem ou uma notícia do
interesse dele.
Não
sabe que programas fazer com as crianças? Frequente livrarias. Deixe seus
filhos folhearem os livros, leia histórias para eles e, quando possível, leve
algum para casa. E, mesmo que você possa, não compre muitos num só dia. Procure
manter o hábito de voltar lá outras vezes e levar um por vez.
13-Quantos livros meu filho
deve ler por ano?
Segundo
a Câmara Brasileira do Livro (CBL), cada brasileiro lê pouco mais de
dois livros por ano. Na Inglaterra, que tem um dos melhores sistemas de ensino
do mundo, a média chega a cinco livros anuais.
14-Eu não tenho dinheiro
para comprar livros. O que eu faço?
Para
quem não compra livros porque são caros, é hora de abandonar a desculpa: a
maioria dos brasileiros não precisa, necessariamente, gastar aos montes nas
livrarias.
Segundo
dados do IBGE, 85% dos nossos municípios possuem bibliotecas públicas e
bem equipadas! Acostume-se a frequentá-la com o seu filho e mostre quanta coisa
interessante ele pode descobrir com os livros.
- Fonte: Educar Para Crescer 2012 -