Horários, prazos e obrigações. Se administrar as
atividades cotidianas já não é fácil para os adultos, imagine para as
crianças! Durante a vida escolar, as lições de casa, os trabalhos e as
provas se tornam cada vez mais frequentes, exigindo dos alunos organização e planejamento. A falta de uma rotina pré-estabelecida muitas vezes compromete o aproveitamento do aluno. Para que isso não aconteça, é preciso a colaboração dos pais. "O auxílio dos adultos na organização é crucial. São necessárias conversas
para que os combinados sejam retomados e revistos, se for o caso",
alerta Rita de Cassia Gallego, professora doutora da Faculdade de
Educação da USP.
Para que a organização do tempo funcione, é preciso pensar nas reais demandas do dia a dia do estudante e da casa. Isso não significa que os filhos devam seguir a rotina dos pais, ao contrário, é essencial para o desenvolvimento que as crianças aprendam a lidar com as questões pessoais e assim construam seus próprios horários.
Para que a organização do tempo funcione, é preciso pensar nas reais demandas do dia a dia do estudante e da casa. Isso não significa que os filhos devam seguir a rotina dos pais, ao contrário, é essencial para o desenvolvimento que as crianças aprendam a lidar com as questões pessoais e assim construam seus próprios horários.
Não adianta os pais implantarem um padrão de rotina que
massacre o estudante. É preciso ser certeiro e fazer com que a rotina
auxilie e não martirize a todos. "Se a organização dos estudos estiver
atenta para as fragilidades e as potencialidades das crianças, poderá
favorecer o desempenho da criança nas aulas", completa.
1- Hora de fazer a agenda:
O estabelecimento de horários combinados para as atividades pode ser
determinante para o funcionamento da rotina. "Assim, as próprias
crianças sabem de seus deveres previamente combinados e podem
cumpri-los", acredita Rita de Cássia Gallego, professora doutora da
Faculdade de Educação da USP.
A rotina do estudante, contudo, não precisa ser imposta pelos pais. Pode - e deve - ser determinada conjuntamente. Perguntar para o jovem como é o seu dia desde que levanta e mostrar algumas opções de organização é interessante e mostra aos pais a visão que os filhos têm do próprio dia a dia. A pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp, aconselha que os pais comecem a negociação de uma rotina ponderando junto aos filhos o que deve vir primeiro no horário diário: os estudos ou o lazer. "Dependendo da resposta e das preferências de cada um é possível adequar o horário de estudos. O cuidado com o cotidiano deixa as crianças mais seguras e confiantes", explica.
É possível até transformar esse momento de organização em algo agradável. "Uma sugestão simples é fazer um quadro com a rotina, colorido, personalizado... Depois de realizado, ele pode ser colocado num lugar visível, na agenda, na geladeira, na porta do guarda-roupa, enfim...", completa Virgínia de Ávila.
A rotina do estudante, contudo, não precisa ser imposta pelos pais. Pode - e deve - ser determinada conjuntamente. Perguntar para o jovem como é o seu dia desde que levanta e mostrar algumas opções de organização é interessante e mostra aos pais a visão que os filhos têm do próprio dia a dia. A pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp, aconselha que os pais comecem a negociação de uma rotina ponderando junto aos filhos o que deve vir primeiro no horário diário: os estudos ou o lazer. "Dependendo da resposta e das preferências de cada um é possível adequar o horário de estudos. O cuidado com o cotidiano deixa as crianças mais seguras e confiantes", explica.
É possível até transformar esse momento de organização em algo agradável. "Uma sugestão simples é fazer um quadro com a rotina, colorido, personalizado... Depois de realizado, ele pode ser colocado num lugar visível, na agenda, na geladeira, na porta do guarda-roupa, enfim...", completa Virgínia de Ávila.
2- Hora de organizar o espeço:
O ambiente em que os estudos acontecem também interfere diretamente na
organização diária. "A criança aprende a organizar o seu tempo tomando
como base o modelo adulto que dispõe. O recinto familiar deve oferecer
condições para que ela aprenda a se organizar e sentir a necessidade
dessa organização", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp.
Portanto, manter a casa organizada, disponibilizar um espaço adequado para os estudos, sem barulho, bagunça e distrações é muito importante. Para a criança criar a própria organização é pré-requisito conviver em um ambiente também organizado.
O material também deve estar arrumadinho -- antes e depois das tarefas. "Arrumar a mochila e ver se está tudo em ordem e limpo, olhar os cadernos e observar se não ficou nada incompleto são atividades que podem ser feitas durante o horário de estudos em dias mais livres e que estimulam a organização", completa a pedagoga.
Portanto, manter a casa organizada, disponibilizar um espaço adequado para os estudos, sem barulho, bagunça e distrações é muito importante. Para a criança criar a própria organização é pré-requisito conviver em um ambiente também organizado.
O material também deve estar arrumadinho -- antes e depois das tarefas. "Arrumar a mochila e ver se está tudo em ordem e limpo, olhar os cadernos e observar se não ficou nada incompleto são atividades que podem ser feitas durante o horário de estudos em dias mais livres e que estimulam a organização", completa a pedagoga.
3- Hora de extravasar:
Muitos são os estudantes que, além dos deveres da escola, se ocupam de
atividades extracurriculares. Balé, natação, música, futebol e outros
cursos podem, sim, complementar a formação. Mas essas atividades
complementares jamais podem se tornar um peso excessivo no dia a dia das
crianças e dos adolescentes. A sobrecarga de tarefas pode ser tão ruim
ou até mesmo pior do que a falta delas.
É importante que o desejo de realizar determinada atividade parta das crianças e não dos pais. "O interesse da criança deve ser respeitado pelos pais. Nem sempre a atividade que os adultos julgam ser a melhor, é melhor de fato", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp. "As atividades extracurriculares só são benéficas quando o estudante expresse satisfação em sua realização e demonstre que tem aprendido", alerta Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP.
O aprendizado que cada atividade oferece deve ser levado em conta. "É relevante que se avalie se a escolha da atividade traz, de fato, contribuições na formação da criança, caso contrário, é preciso avaliar as alternativas e mudar de atividade para que as atividades extracurriculares representem realmente um benefício", diz Rita de Cássia Gallego.
É importante que o desejo de realizar determinada atividade parta das crianças e não dos pais. "O interesse da criança deve ser respeitado pelos pais. Nem sempre a atividade que os adultos julgam ser a melhor, é melhor de fato", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp. "As atividades extracurriculares só são benéficas quando o estudante expresse satisfação em sua realização e demonstre que tem aprendido", alerta Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP.
O aprendizado que cada atividade oferece deve ser levado em conta. "É relevante que se avalie se a escolha da atividade traz, de fato, contribuições na formação da criança, caso contrário, é preciso avaliar as alternativas e mudar de atividade para que as atividades extracurriculares representem realmente um benefício", diz Rita de Cássia Gallego.
4- Hora de brincar:
A brincadeira não pode ficar de fora e também precisa ter seu horário
garantido dentro do dia a dia das crianças e dos jovens. É importante
que a rotina seja bem pensada para que não haja sobrecarga de atividades
e que seja garantido um tempo para o lazer. "A dedicação de parte do
dia para a brincadeira e ao lazer traz prazer, desafios, descontração, o
que é fundamental, inclusive, para a realização das atividades
previstas pela escola ou outras que exigem concentração e disciplina",
explica Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de
Educação da USP. Organize a rotina de modo que tudo esteja previsto e
combinado com a criança para que ela não seja uma mera cumpridora de
tarefas.
5- Hora da escola:
Uma parceria entre pais e educadores pode ser ainda mais benéfica para o
aluno. "A escola pode ajudar os alunos na condução dos seus estudos em
casa. Como? Criando rotinas e fazendo avaliações que sirvam para
trabalhar as dificuldades notadas e para evidenciar as melhoras e as
conquistas de objetivos", explica Rita de Cássia Gallego, professora
doutora da Faculdade de Educação da USP.
O retorno das duas partes é essencial. "Quando a escola detecta algum problema os pais devem ser chamados e, juntos, a escola e a família devem buscar estratégias para a solução das dificuldades", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da UNESP. "Da mesma forma, os pais devem notificar as dificuldades observadas na realização das atividades em casa para que os professores, assim, tomem providências em sala de aula", completa.
O retorno das duas partes é essencial. "Quando a escola detecta algum problema os pais devem ser chamados e, juntos, a escola e a família devem buscar estratégias para a solução das dificuldades", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da UNESP. "Da mesma forma, os pais devem notificar as dificuldades observadas na realização das atividades em casa para que os professores, assim, tomem providências em sala de aula", completa.
6- Hora de dormir:
O sono também deve fazer parte de uma rotina regrada. Dormir bem e no
horário certo influi no dia a dia e pode até mesmo ajudar no
aproveitamento escolar. "Um ambiente estruturado, ou seja, com horário
para dormir, acordar, fazer a higiene e as refeições repercute
positivamente no desenvolvimento das crianças. A regularidade dá o
equilíbrio necessário para o desempenho de diversas tarefas ao longo do
dia", explica a pedagoga Virgínia de Ávila, da UNESP. "A incorporação de
hábitos auxilia no cumprimento das diferentes tarefas realizadas em
sala de aula".
7- Hora de ponderar:
Na tentativa de ajudar os filhos, muitos pais acabam tornando o
acompanhamento escolar excessivo. Participar é essencial, porém é
preciso tomar cuidado para que esta prática não se torne uma tutela.
Acompanhar as lições, dar sugestões nos trabalhos, tudo isso faz parte,
mas ficar em cima e principalmente fazer por eles são coisas que não
podem acontecer, caso contrário, a criança não desenvolve
responsabilidade e autonomia. Por outro lado, impor as regras e, depois,
sair fora também não resolve. "Não basta estabelecer a rotina com o
filho e achar que isso é suficiente para que a criança se organize. O
acompanhamento desses momentos a serem dedicados aos estudos permite
perceber em que ocasiões a presença dos pais é mais importante", explica
a professora Rita de Cassia Gallego.
Fonte: Educar Para Crescer