sexta-feira, 22 de junho de 2012

Dicas para organizar o tempo de (e com) seus filhos!

Horários, prazos e obrigações. Se administrar as atividades cotidianas já não é fácil para os adultos, imagine para as crianças! Durante a vida escolar, as lições de casa, os trabalhos e as provas se tornam cada vez mais frequentes, exigindo dos alunos organização e planejamento. A falta de uma rotina pré-estabelecida muitas vezes compromete o aproveitamento do aluno. Para que isso não aconteça, é preciso a colaboração dos pais. "O auxílio dos adultos na organização é crucial. São necessárias conversas para que os combinados sejam retomados e revistos, se for o caso", alerta Rita de Cassia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP.

Para que a organização do tempo funcione, é preciso pensar nas reais demandas do dia a dia do estudante e da casa. Isso não significa que os filhos devam seguir a rotina dos pais, ao contrário, é essencial para o desenvolvimento que as crianças aprendam a lidar com as questões pessoais e assim construam seus próprios horários.
Não adianta os pais implantarem um padrão de rotina que massacre o estudante. É preciso ser certeiro e fazer com que a rotina auxilie e não martirize a todos. "Se a organização dos estudos estiver atenta para as fragilidades e as potencialidades das crianças, poderá favorecer o desempenho da criança nas aulas", completa.
 
 1- Hora de fazer a agenda:
O estabelecimento de horários combinados para as atividades pode ser determinante para o funcionamento da rotina. "Assim, as próprias crianças sabem de seus deveres previamente combinados e podem cumpri-los", acredita Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP.

A rotina do estudante, contudo, não precisa ser imposta pelos pais. Pode - e deve - ser determinada conjuntamente. Perguntar para o jovem como é o seu dia desde que levanta e mostrar algumas opções de organização é interessante e mostra aos pais a visão que os filhos têm do próprio dia a dia. A pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp, aconselha que os pais comecem a negociação de uma rotina ponderando junto aos filhos o que deve vir primeiro no horário diário: os estudos ou o lazer. "Dependendo da resposta e das preferências de cada um é possível adequar o horário de estudos. O cuidado com o cotidiano deixa as crianças mais seguras e confiantes", explica.

É possível até transformar esse momento de organização em algo agradável. "Uma sugestão simples é fazer um quadro com a rotina, colorido, personalizado... Depois de realizado, ele pode ser colocado num lugar visível, na agenda, na geladeira, na porta do guarda-roupa, enfim...", completa Virgínia de Ávila.

2- Hora de organizar o espeço:
O ambiente em que os estudos acontecem também interfere diretamente na organização diária. "A criança aprende a organizar o seu tempo tomando como base o modelo adulto que dispõe. O recinto familiar deve oferecer condições para que ela aprenda a se organizar e sentir a necessidade dessa organização", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp.

Portanto, manter a casa organizada, disponibilizar um espaço adequado para os estudos, sem barulho, bagunça e distrações é muito importante. Para a criança criar a própria organização é pré-requisito conviver em um ambiente também organizado.

O material também deve estar arrumadinho -- antes e depois das tarefas. "Arrumar a mochila e ver se está tudo em ordem e limpo, olhar os cadernos e observar se não ficou nada incompleto são atividades que podem ser feitas durante o horário de estudos em dias mais livres e que estimulam a organização", completa a pedagoga.

3- Hora de extravasar:
Muitos são os estudantes que, além dos deveres da escola, se ocupam de atividades extracurriculares. Balé, natação, música, futebol e outros cursos podem, sim, complementar a formação. Mas essas atividades complementares jamais podem se tornar um peso excessivo no dia a dia das crianças e dos adolescentes. A sobrecarga de tarefas pode ser tão ruim ou até mesmo pior do que a falta delas.

É importante que o desejo de realizar determinada atividade parta das crianças e não dos pais. "O interesse da criança deve ser respeitado pelos pais. Nem sempre a atividade que os adultos julgam ser a melhor, é melhor de fato", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp. "As atividades extracurriculares só são benéficas quando o estudante expresse satisfação em sua realização e demonstre que tem aprendido", alerta Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP.

O aprendizado que cada atividade oferece deve ser levado em conta. "É relevante que se avalie se a escolha da atividade traz, de fato, contribuições na formação da criança, caso contrário, é preciso avaliar as alternativas e mudar de atividade para que as atividades extracurriculares representem realmente um benefício", diz Rita de Cássia Gallego.

4- Hora de brincar:
A brincadeira não pode ficar de fora e também precisa ter seu horário garantido dentro do dia a dia das crianças e dos jovens. É importante que a rotina seja bem pensada para que não haja sobrecarga de atividades e que seja garantido um tempo para o lazer. "A dedicação de parte do dia para a brincadeira e ao lazer traz prazer, desafios, descontração, o que é fundamental, inclusive, para a realização das atividades previstas pela escola ou outras que exigem concentração e disciplina", explica Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP. Organize a rotina de modo que tudo esteja previsto e combinado com a criança para que ela não seja uma mera cumpridora de tarefas.

5- Hora da escola:
Uma parceria entre pais e educadores pode ser ainda mais benéfica para o aluno. "A escola pode ajudar os alunos na condução dos seus estudos em casa. Como? Criando rotinas e fazendo avaliações que sirvam para trabalhar as dificuldades notadas e para evidenciar as melhoras e as conquistas de objetivos", explica Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP.

O retorno das duas partes é essencial. "Quando a escola detecta algum problema os pais devem ser chamados e, juntos, a escola e a família devem buscar estratégias para a solução das dificuldades", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da UNESP. "Da mesma forma, os pais devem notificar as dificuldades observadas na realização das atividades em casa para que os professores, assim, tomem providências em sala de aula", completa.

6- Hora de dormir:
O sono também deve fazer parte de uma rotina regrada. Dormir bem e no horário certo influi no dia a dia e pode até mesmo ajudar no aproveitamento escolar. "Um ambiente estruturado, ou seja, com horário para dormir, acordar, fazer a higiene e as refeições repercute positivamente no desenvolvimento das crianças. A regularidade dá o equilíbrio necessário para o desempenho de diversas tarefas ao longo do dia", explica a pedagoga Virgínia de Ávila, da UNESP. "A incorporação de hábitos auxilia no cumprimento das diferentes tarefas realizadas em sala de aula".

7- Hora de ponderar:
Na tentativa de ajudar os filhos, muitos pais acabam tornando o acompanhamento escolar excessivo. Participar é essencial, porém é preciso tomar cuidado para que esta prática não se torne uma tutela. Acompanhar as lições, dar sugestões nos trabalhos, tudo isso faz parte, mas ficar em cima e principalmente fazer por eles são coisas que não podem acontecer, caso contrário, a criança não desenvolve responsabilidade e autonomia. Por outro lado, impor as regras e, depois, sair fora também não resolve. "Não basta estabelecer a rotina com o filho e achar que isso é suficiente para que a criança se organize. O acompanhamento desses momentos a serem dedicados aos estudos permite perceber em que ocasiões a presença dos pais é mais importante", explica a professora Rita de Cassia Gallego.

Fonte: Educar Para Crescer

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Motivos para ler e escrever! Dicas para os pais auxiliarem na alfabetização dos filhos!!!

Queridos leitores, os cartazes abaixo são distribuidos e divulgados pelo site Educar Para Crescer.






















"Você sabia que os pais também podem ajudar na alfabetização de seus filhos? Isso mesmo! Mas não se preocupe, pois não se trata de ter de ensinar formalmente a criança a ler e a escrever, função esta do professor. Você pode, isso sim, tornar o ambiente de convivência da criança repleto de atos de leitura e escrita, de forma a inseri-la desde cedo no mundo das letras. Em suma, deixar o ambiente doméstico mais alfabetizador. "Isso acontece quando, por exemplo, a mãe deixa bilhetinhos na porta da geladeira, apontando a finalidade do ato para a criança: ‘vamos deixar esse recadinho para o papai avisando-o que iremos nos atrasar para o jantar’. Ou quando, antes de começar um novo jogo (de tabuleiro, por exemplo), ela propõe ao filho que eles leiam as regras juntos", exemplifica a educadora Cida Sarraf, que leciona no curso de pedagogia do Centro Universitário Salesiano e da Faculdade Mozarteum, ambos em São Paulo.

Maria Claudia Sondahl Rebellato, assessora pedagógica na produção de material didático em Curitiba-PR, acredita que, quando a criança é inserida nessas atividades rotineiras, ela acaba percebendo a função real da escrita e da leitura, e como elas são importantes para a nossa vida. E, dada sua curiosidade nata, ela vai querer participar cada vez mais e buscar o conhecimento dos pais.

A criança que cresce em constante contato com a leitura e a escrita acaba se apropriando da língua escrita de maneira mais autoral e adquirindo experiências que vão fazer a diferença na hora de ela aprender a ler e a escrever efetivamente. "Isso explica o fato de, numa mesma sala de 1º ano, professores se depararem com algumas crianças praticamente alfabetizadas e outras que sequer entendem a função do bilhetinho na porta da geladeira ou que a linguagem escrita se relaciona com a oral, porque viveram experiências muito discrepantes em casa", argumenta Cida Sarraf. "

Dicas retiradas do site para que os pais auxiliem na alfabetização dos filhos:

1- Deixar bilhetes ou escrever cartas!                                                                                                    
Que outra função tão importante tem a escrita que não a de comunicar? Pois desde bem cedo a criança pode perceber isso, pelas atitudes dos pais. Deixe recadinhos na porta da geladeira, escreva cartas e estimule-a a fazer o mesmo (mesmo que saiam apenas rabiscos. Lembre-se: nessa fase do desenvolvimento, não se erra, se tenta acertar). 'Vou escrever uma carta para a vovó contando como estamos. O que você quer que eu conte para ela?'. Recebeu uma carta ou encontrou um recadinho em casa? Leia em voz alta. "Procure incluir a criança sempre que uma situação de comunicação escrita se apresentar na casa", aconselha a educadora Maria Claudia.

2- Preparar receitas culinárias na presença da criança!
Num ambiente alfabetizador, é importante que a família chame a criança, desde muito cedo, para participar de algumas ações, de forma que ela presencie o contato com a língua escrita, percebendo suas várias funções. Na culinária isso pode acontecer de maneira descontraída e divertida. Durante a receita de um bolo, por exemplo, vá perguntando para a criança: "Vamos ver o que falta colocar? Ah, ainda preciso colocar 3 ovos, está escrito aqui".

3- Ler histórias!
Ler para a criança pequena tem muitos benefícios e, num ambiente alfabetizador, é a primeira exigência a ser feita, pois é por meio de pais e professores que a criança passa a ter contato com a língua escrita. "Quando a mãe lê uma história para a criança, ela é leitora junto com a mãe", acredita Maria Claudia Rebellato. Leia com frequência para seu filho: gibis, revistas, contos de fadas... Leia mais de uma vez o mesmo livro, pois isso é importante para a criança começar a recontar aquela história depois, no papel de leitora, inclusive passando as páginas do livro corretamente.
O que pouca gente lembra é que o ato de leitura deve começar muito cedo, com crianças que ainda estão longe de serem alfabetizadas. "É assim que os pequenos vão percebendo a relação entre as linguagens oral e falada; vão identificando as várias funções da escrita, para que serve cada gênero textual; e vão se tornando leitores e escritores", coloca a especialista. Ao ouvir histórias, a criança acaba percebendo que a leitura é feita da esquerda para a direita (importante para o momento em que ela vai começar a riscar), consegue diferenciar o que é texto do que é desenho, começa a notar que as palavras são escritas separadamente formando frases que fazem sentido e a adquirir noção de volume de texto. "É comum, por exemplo, a criança perceber quando a mãe está pulando trechos da história (geralmente porque ela já está cansada e quer dar uma resumida na historinha). A criança vira e fala ‘tem mais coisa aí, mamãe’. Isso mostra que ela está já está amadurecendo como leitora e, embora ainda não leia, já faz o que chamamos de pseudoleitura", observa a Maria Claudia.

4-  Ser um modelo de leitor!
Essa é a premissa mais básica de qualquer ambiente alfabetizador. A criança forma valores a partir de bons modelos e, assim, ter pais leitores é fundamental para ela aderir à leitura. "Estante de livro não pode parecer santuário. As crianças têm de observar que os pais estão sempre mexendo ali, escolhendo um livro, lendo-o e comentando-o com a família", acredita Cida Sarraf. E não apenas os livros. A leitura de revistas e jornais também tem de ser um hábito dos pais.
Os pais também têm de prestar atenção ao ambiente em que fazem sua leitura, passando a impressão de que ler é prazeroso, mas também é coisa séria. O ambiente deve ser tranquilo, sem muitos ruídos, com boa iluminação, e deve-se sentar com a postura corporal correta, para não se cansar rapidamente.

5- Explorar rótulos de embalagens!
Alguns produtos são recorrentes na dispensa de nossas casas e as crianças acabam se acostumando com a presença deles. Aproveite momentos de descontração, como durante as refeições, para ler os rótulos junto com seu filho. "Com o tempo, ele começa a ler por imagem, por associação. Ele pode ainda não estar alfabetizado, mas já sabe o que está escrito naquela embalagem", explica a especialista Maria Claudia Rebellato. Segundo ela, os rótulos são interessantes de serem lidos porque, na maioria dos casos, são escritos em letra CAIXA ALTA, que é a qual a criança assimila antes da letra cursiva.

6- Fazer lista de compras com seu filho!                                                                                                 
Esta aí uma tarefa pra lá de corriqueira: fazer a lista de compras do supermercado. Num ambiente alfabetizador, o momento pode ser aproveitado: chame a criança para preencher a lista com você e faça com que ela perceba que você anota no papel as coisas que irá comprar, para consultar lá no mercado (uma forma de ela relacionar a linguagem oral com a escrita). Vá conversando com ela: "Vamos anotar para não esquecer. O que mais vamos ter de comprar? Então, vamos escrever aqui". Deixe que ela acompanhe com os olhos o que você está escrevendo e vá falando em voz alta.

7- Aproveitar as situações da rua!

Placas de trânsito, destino de ônibus, outdoors, letreiros, panfletos, faixas... onde quer que frequentemos estaremos sempre em contato com o mundo letrado e é ótimo que os diferentes elementos sejam aproveitados com a criança. "Dá para levar em forma de brincadeira. 'Olha filho, tem uma placa igual a essa em frente à nossa casa. Sabe o que está escrito nela?'’ ou ainda 'Olha, filho, esse ônibus vai para Cajuru. Cajuru também começa com Ca, igual o nome da mamãe, Carolina'. É por meio dessas situações que a criança vai percebendo as diferentes funções da escrita e fazendo associações", acredita Maria Claudia. Segundo ela, é uma forma não de ensinar/aprender, mas de brincar com as letras, com as palavras, com a escrita e a leitura.

8- Fazer os convites de aniversário com as crianças!
Escrever nos convitinhos de aniversário é uma etapa da festa da qual a criança precisa participar. Pergunte a ela: "o que teremos de escrever nos convites? Precisamos dizer onde vai ser e a que horas". Isso pode ser feito desde o primeiro aniversário da criança, repetindo nos anos seguintes, até chegar a vez em que ela própria irá querer escrever sozinha, com sua letrinha.
Outra atitude interessante é escrever cartões de aniversário ou de casamento na frente da criança. "Esses nossos amigos irão se casar. Vamos escrever uma mensagem a eles para enviar junto com o presente?". A situação pode ser corriqueira para você, mas para a criança tudo é novidade. Participe-a desses momentos. Nos aniversários das pessoas da família, incentive-a a escrever algum cartão, mesmo que ela faça apenas desenhos. Pergunte que mensagem ela quis passar e em seguida faça um elogio ao seu trabalho.

9- Montar uma agenda telefônica!
A agenda telefônica é um bom objeto a ser explorado com as crianças. Ela mostra, claramente, o que é texto e o que é número, com a função de cada um deles. O texto é usado para escrever o nome das pessoas ou dos lugares, enquanto o número é utilizado para informar o telefone. No dia a dia, chame a criança para observar essa diferença. "Olha filho, deste lado ficam os nomes das pessoas e deste o número do telefone delas. Vamos ver qual o número da casa da titia?".

10- Apontar outros materiais escritos!                                                                                                   
Brinquedinhos com palavras e números, calendários, jogos de computador, álbum de fotografia com legendas, scrapbook, tudo isso pode estar no ambiente de convivência da criança, mas... desde que realmente sejam usados por ela, e não funcionem como meros enfeites do seu quarto. "A criança tem de perceber a função de cada um dos elementos que é posto para ela", reitera Cida Sarraf. Houve um tempo em que pais e professores acreditavam que bastava etiquetar os objetos (etiqueta com a palavra cama na cama, com a palavra armário no armário) para as crianças se familiarizarem com a língua. Mas as pesquisas mais atuais mostraram que os diversos gêneros textuais precisam estar presentes e serem usados dentro de uma função comunicativa. Portanto, quando for montar um álbum com fotos de uma viagem, chame a criança para legendar cada foto com você. "Você lembra como se chamava este lugar? Vamos escrever aqui para sabermos daqui a um tempo".

11- Respeitar o rítmo da criança!
Sabe o que mais pode ajudar na alfabetização de seu filho? Compreender o seu ritmo! Isso mesmo. Investir no ambiente alfabetizador é importante para que as crianças ganhem mais intimidade com a língua escrita (e dessa forma encontrem menos dificuldade quando estiverem aprendendo a ler a escrever), mas isso não quer dizer que o processo será, necessariamente, acelerado, e é importante que os pais tenham isso em mente. Lembre-se: começar a ler e a escrever mais tardiamente não representa problema de aprendizagem ou falta de inteligência. Na maioria dos casos, significa apenas que a criança ainda não atingiu um nível necessário de maturidade. Segundo Maria Claudia, a criança fica um tempo absorvendo muita informação e de repente dá uma decolada, mostrando que conseguiu entender o processo. "É literalmente um 'click', mas que acontece em momentos diferentes para cada criança", ela sintetiza.

 

A Resolução nº452, para que o Ministério da Saúde inclua a Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade (CIF) foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS)



CIF é uma ferramenta que visa a oferecer ao paciente um acompanhamento mais 
qualificado à sua saúde.

O Conselho Nacional de Saúde aprovou a Resolução nº 452 para que o Ministério da Saúde inclua a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade (CIF) e Saúde no Sistema Único de Saúde. A implementação da CIF deverá ser utilizada nas investigações de resultados sobre bem-estar, qualidade de vida, acesso aos serviços e impacto dos fatores ambientais na saúde das pessoas.

 

 A CIF será ainda uma ferramenta estatística na coleta e no registro de dados. Servirá ainda como instrumento clínico para avaliar necessidades e compatibilizar os tratamentos com as condições específicas, ampliando a linha de cuidado. O texto da Resolução nº 452 foi proposto pelo Grupo de Trabalho (GT) formado por conselheiros nacionais de saúde, representantes do Ministério da Saúde e de outras áreas.
Para a representante do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) nesse GT, Cristina Biz, a CIF permitirá ao paciente ter um acompanhamento mais qualificado com a identificação de sua trajetória no SUS, desde o momento em que a doença foi identificada até os procedimentos utilizados para a reabilitação.

De acordo com Cristina Biz, a resolução do CNS dará mais visibilidade ao trabalho de reabilitação que os fonoaudiólogos desenvolvem no SUS. “A CIF é importante porque, além de focar a questão da função comprometida do usuário – que é com o que trabalhamos –, mostra a capacidade de resolução do trabalho realizado pela Fonoaudiologia”, afirma.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Música: A Terra Pede Socorro!

Os pacientes M. e G. cantaram a linda música, em razão da comemoração do Dia do Meio Ambiente.

Confiram:


Esta duplinha, o M. e a G. são dois pré adolescentes fantásticos, super aplicados para melhorar a comunicação! 

Parabéns garotos, estou orgulhosa de vcs...continuem dedicados, o brilho no olhar é lindo de ver!


ARTIGO CIENTÍFICO: AS INVERSÕES DE LETRAS NA ESCRITA O "FANTASMA" DO ESPELHAMENTO. AUTOR: ZORZI (2000)

No artigo científico "AS INVERSÕES DE LETRAS NA ESCRITA O FANTASMA DO ESPELHAMENTO", o autor Dr. Jaime Zorzi, propõe as seguintes reflexões:

"Se os problemas perceptuais não dão conta de responder às questões acerca da dislexia, poderíamos encontrar outras razões que justificassem a ocorrência de inversões e espelhamentos, considerando-se que este é um fato comum na vida das crianças que estão iniciando o aprendizado da escrita?
Será possível explicar estas "alterações" com argumentos que possam ir além das já conhecidas explicações que fazem referência a falhas na percepção visual, na lateralidade, no esquema corporal, em noções espaço-temporais e assim por diante e, acima de tudo, que possam retirar de tais ocorrências o caráter patológico a elas fortemente associado?"

No decorrer do artigo, o autor formula e fundamenta uma nova hipótese que recorre a noções relativas ao desenvolvimento cognitivo infantil, de acordo com o que Piaget porpõe como noção de permanência do objeto e da invariância.O autor tece um interessantíssimo trabalho e conclue com o seguinte:


"Por muito tempo e, de modo bastante insistente, temos sido levados a ver, nos erros e enganos que as crianças fazem ao escrever, indícios de distúrbios e patologias. Os espelhamentos de letras são um exemplo típico desta maneira, até mesmo parcial e distorcida, de compreendermos o que é a aprendizagem.

Estamos, como adultos, fortemente contaminados com noções rígidas de "certo" e "errado": se a criança está agindo ou pensando da mesma forma que nós, então ela sabe, ela está certa, está aprendendo. Caso contrário, se ela assimila, ou entende uma situação de uma maneira distinta da nossa, que não está de acordo com nossas concepções e crenças, então ela está errada. Não está aprendendo. E, se não está aprendendo, então deve ter dificuldades, problemas, e assim por diante. 

Para nós é tão óbvia a distinção entre um p e um q, ou entre um b e um d, que não conseguimos imaginar como a criança não vê esta diferença tão facilmente. Não podemos imaginar como ela pode estar adotando uma perspectiva distinta de análise. 

Enquanto que, para nós adultos, parece não haver outro modo de ver um p a não ser exatamente na posição que o convencionamos desenhar, para a criança um p poderia continuar sendo um p, mesmo que fosse colocado em diferentes posições no espaço. E isto porque ela poderia estaria levando em consideração as propriedades constantes ou invariáveis do objeto e não um propriedade eventual, externa às relações espaciais intrínsecas ao mesmo. 

De modo semelhante, podemos considerar os enganos ou erros que a criança comete quando procura regularizar o som das letras sem se dar conta que a ordem e o contexto de ocorrência dentro da palavra podem estar determinando mudanças no valor sonoro das letras. Devemos partir do princípio que a língua escrita pode ser considerada como um objeto cultural, repleto de convenções e arbitrariedades que a criança não nasce dominando.

Como objeto cultural, a língua deve ser ensinada. Portanto, cabe ao adulto torná-la acessível à criança e para tanto, deverá ele adulto também conhecer de modo mais minucioso aquilo que está se propondo a ajudar alguém a aprender. Cabe também ao adulto compreender que enganos e erros fazem parte do aprendizado e que existe uma tendência de superação na medida em que a criança vai dominando as características do sistema de escrita. 

Por outro lado, merecem uma atenção e análise mais cuidadosa aquelas crianças que, apesar do contato com a escrita e das oportunidades que têm para tal aprendizado, revelam dificuldades mais significativas, sistemáticas e duradouras para compreender o funcionamento da escrita.

Cabe encerrar este artigo enfatizando a necessidade de se diferenciar patologia e normalidade. Tem ficado evidente a tendência de patologização quando observamos fatos no aprendizado os quais mal compreendemos. Quando alguma coisa foge dos parâmetros daquilo que, também de modo convencional, acreditamos ser o certo, a opção é a de atribuir distúrbios, disfunções e assim por diante. 

A definição de dislexia parece não ter fugido desta tendência e, podemos afirmar, somente será possível conhecer de modo mais aprofundado o que ela pode estar significando, na medida em que muito esforço for
dirigido no sentido de compreendermos o chamado desenvolvimento normal da aprendizagem da língua escrita, levando-se em conta, como buscou-se fazer neste artigo, os modos típicos com os quais as crianças constróem seus conhecimentos."
Recomendo a leitura da íntegra deste artigo, disposto no link: "As inversões de letras na escrita, o fantasma do espelhamento."

Grande abraço!

Sobre filhos...




Todos nós sabemos como é importante ter uma boa e sólida relação com os filhos. 

Esta é a porta principal que nos permite navegar por suas personalidades e compreendê-los melhor e que nos leva a ter uma família estável e melhor. 


Destine um tempo para cada um de seus filhos. Ajude-os a construir a autoconfiança, estimulando-os e apreciando cada esforço e não só os resultados do esforço como, infelizmente, muitos de nós fazemos.

Comemore suas conquistas diárias, se você procurar bem sempre encontrará alguma conquista dentro deles. Ensine seus filhos a pensarem positivamente.

Pegue o álbum de fotografias de seus filhos de quando eram bem pequenos e conte-lhes algumas histórias desta época de suas vidas e que eles não se lembram. Fale de algumas coisas que você aprendeu com eles e lembre-lhes de como eles o ajudaram.  

Diga-lhes como é maravilhoso ser pai deles e como você aprecia vê-los crescer. Declare seu amor por eles. Será maravilhoso!

Amanhã será feriado. Aproveitemos a oportunidade para estreitar os laços afetivos com a família.